Hospital São José entra para a lista de instituições em colapso do Sul
Criciúma recebe hoje, às 14 horas, o governador Jorginho Mello para mais um anúncio de transferência de recursos, desta vez para o Hospital São José. Por trás da pompa e circunstância, a realidade é alarmante. A diretora-geral da instituição, Irmã Isolene Lofi, revelou na Alesc Itinerante nesta mesma semana que o hospital enfrenta um déficit de R$ 50 milhões.
A crise não é uma exclusividade do São José. O hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, está ainda pior, com um déficit de R$ 70 milhões e ameaças de encerrar serviços caso o Governo do Estado não intervenha.
As ações do governador em direção aos hospitais do estado soam vazias diante de uma crise que parece fora de controle. A política hospitalar do governo do estado não foi estratégica para todos as instituições, resultando em uma distribuição desigual dos recursos e na falta de um planejamento eficaz.
Os recursos anunciados são insuficientes frente à demanda crescente e à necessidade urgente de mais leitos. O hospital de Criciúma segue o mesmo caminho perigoso, enfrentando dificuldades financeiras graves.
Onde estão os políticos da região que deveriam defender esses hospitais? Mais preocupados com as próximas eleições do que com a saúde pública. Se medidas não forem tomadas rapidamente, veremos o desmantelamento gradual dos serviços essenciais.
A situação exige mais do que promessas e discursos. É necessário um plano de ação real e efetivo para evitar um colapso total. Sem isso, a saúde pública no sul do estado está condenada a um futuro sombrio.