Casos de violações contra LGBTQIA+ aumentam 1.570% em 2024
Estatísticas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) apontam que Santa Catarina registrou 902 casos de violações contra pessoas LGBTQIA+ no primeiro semestre de 2024. Se comparados aos números apurados pelo MDHC nos seis primeiros meses de 2020, quando a pasta publicou os números pela primeira vez, o aumento é de 1.570%. Há época houve 54 registros.
Conforme o Ministério, os casos envolvem violações contra direitos civis, integridade física, contra a vida e contra direitos sociais, entre outros. Segundo os dados do painel do MDHC, 498 violações aconteceram na casa da vítima, de familiares, do agressor ou onde a vítima e o agressor moram juntos.
A maioria dos “alvos” são mulheres, com 560 casos, sendo que 290 são lésbicas. Já entre os homens, são 300 casos, com 279 gays.
No Estado, em 758 episódios de violência, o agressor não é LGBTQIA+, ao mesmo tempo que 421 dos casos são praticados por homens. Ao todo, em 528 violações as vítimas informaram que os casos aconteciam diariamente.
Entenda a diferença de violação e violência
Violação é a ação de violar, de desrespeitar, constranger ou obrigar uma pessoa a fazer algo contra sua vontade. Já a violência é o exercício desproporcional do poder ou força que se sobrepõem ao princípio da integridade física, emocional, moral, religiosa, étnica, laboral, familiar, doméstica, empresarial, entre outras.