Advogado de Fernando de Fáveri descreve estado do prefeito na prisão
O advogado de defesa do prefeito de Cocal do Sul Fernando de Fáveri, Marcos Rinaldo, está em Brasília confiante que, se os casos da Operação Fundraising forem tratados individualmente, as chances de soltura e inocentação do prefeito aumentam.
Ele aguarda o julgamento de um habeas corpus e visita o prefeito diariamente. Segundo ele, Fernando de Fáveri está consciente e calmo, certo de que não há documentos que possam incriminá-lo. Rinaldo reafirma que o prefeito não cometeu nenhum ato ilícito e que a situação está prestes a se esclarecer.
Em uma reunião com a vice-presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rinaldo discutiu o caso com o magistrado Rafael Medeiros, que, segundo ele, teria entendido a distância entre a situação do prefeito e as irregularidades apontadas na Operação Fundraising.
O habeas corpus está tramitando diretamente na vice-presidência do STJ, aguardando algumas solicitações feitas ao Tribunal de Santa Catarina, que, também de acordo com o advogado, ainda não estão claras.
A Operação Fundraising trata até aqui os casos de 23 municípios como um único pacote. No entanto, as situações Rinaldo acredita que as situações começarão a ser divididas caso a caso, o que pode beneficiar Fernando de Fáveri.
“Estou aqui no aguardo das solicitações feitas por eles, o encaminhamento para o Ministério Público daqui, e teremos a decisão. Acredito na soltura, porque não há o que tenha que possa mantê-lo segregado. O prefeito é inocente, conheço o processo de ponta a ponta,” afirmou Rinaldo.
Um dos pontos na defesa do prefeito é a diferença entre o valor envolvido no contrato de Cocal do Sul e os montantes identificados em situações irregulares na operação. “Como pode, já temos na operação R$ 17.000.000,00 de situações irregulares. Por que o prefeito que fez um contrato lícito de apenas R$ 48.000,00, dentro da legítima dispensa de licitação, teria algo de irregular? Tanto que o próprio Fernando já requereu que fizesse uma Ação Regressiva pra buscar o dinheiro de volta ao erário público. Mais boa fé que isso fica um pouco difícil!” pontua o advogado.
De Fáveri, ao requisitar uma Ação Regressiva para recuperar o dinheiro ao erário público, tenta demonstrar sua boa fé e afastar qualquer suspeita de irregularidade. A defesa se mantém na narrativa de que a operação acabou sendo um grande emaranhado, onde muitos foram incluídos indevidamente.
O entendimento dele é que a justiça vai “separar o joio do trigo”.