Cotidiano
Confira como é feito o tratamento de esgoto em Tubarão
Reportagem do portal SCTodoDia trará série de matérias sobre o tema.
Por
Matheus Machado
A equipe de reportagem do portal SCTodoDia esteve presente na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Figueira, em Tubarão, responsável por coletar 45% do esgotamento do município e lançá-lo novamente à natureza. Através do programa Portas Abertas, a concessionária tenta levar informação para a população e conscientizar principalmente sobre os cuidados que devemos ter ao lançar resíduos na pia, vaso sanitário e etc. Em cima disso, a reportagem realizou uma visita técnica no local, onde todo o processo foi detalhado e poderá ser conferido ao longo de várias matérias publicadas.
Definitivamente, a água está presente em nosso dia a dia. Pode ser no banho, para lavar a roupa, a louça e muitas outras utilidades. Mas já parou para pensar para onde vai essa água após dar a descarga?
Após a utilização humana, essa água torna-se o que chamamos de esgoto, pois carrega inúmeros resíduos e microrganismos que podem causar doenças e contaminar o meio ambiente. Conforme a engenheira sanitarista e ambiental, e também a especialista responsável em tratamento da empresa, Yasmin Siega explica, o tratamento em Tubarão segue dois princípios: o tratamento físico-químico e o tratamento biológico.
No processo químico, produtos para ajustar a coloração e turbidez da água são adicionados. Na parte física, espécies de pás são responsáveis por separar o lodo do líquido, em uma constante movimentação que acontece em uma das estruturas metálicas da ETE. Após isso, a água passa para a etapa do tratamento biológico, onde bactérias se alimentam das matérias orgânicas presentes no líquido. Depois do processo, mais uma lapidação com o processo físico-químico é realizada, onde é possível notar que a coloração da água muda drasticamente.
Com isso, a água passa para uma caixa chamada Tanque de Contato, onde uma concentração de 18% de Hipoclorito de Sódio é adicionada. Vale destacar, que esta substância é obtida com a reação do cloro em uma solução diluída de soda cáustica. Esta solução química é responsável por eliminar certos patógenos causadores de doenças. “No entanto, não removemos tudo, pois o rio necessita de uma quantidade dessas impurezas. Não dosamos ao extremo, apenas devolvemos a água para a natureza em boas condições”, explica Yasmin.
Outro processo utilizado é o da decanter centrífuga, onde o líquido é separado do sólido. Os dejetos são encaminhados ao aterro sanitário e o líquido volta para o “sistema”. Ainda que a ETE conte com o sistema de gradeamento, que funciona como um tipo de filtro e separa resíduos como cabelos, panos, papel higiênico e outros, é importante que a população se atente ao descartar resíduos desta natureza nos ralos e descargas, pois o estes materiais atrapalham o processo de limpeza da água, que retorna para o Rio Tubarão, e posteriormente retorna para nossas residências novamente. Para se ter ideia, até mesmo uma bola de futebol já foi removida pelo gradeamento.
Na imagem abaixo é possível fazer um comparativo, da água que chega na estação e a devolvida ao Rio Tubarão: