Nem todos do MDB de Tubarão concordam com a coligação

Na noite desta segunda-feira (29), uma reunião entre MDB, PL e PSD, ao que tudo indica, selou a coligação entre as siglas para as eleições municipais de 2024. As conversas já existiam e após a renúncia por parte dos emedebistas para a majoritária, as manifestações da chapa composta por Estêner Soratto (PL) e Denis Matiola (PSD) indicavam que receberiam o apoio do partido de centro-esquerda de Tubarão.

No entanto, nem todos dentro do MDB concordam com a posição tomada por parte dos líderes do partido, José Luiz Tancredo e Jair Tártari. O pré-candidato a vereador pela sigla jornalista Reginaldo Osnildo, foi um dos que manifestou insatisfação com o apoio ao PL nas redes sociais e conversou de forma exclusiva com o portal SCTodoDia. Ele foi confirmado na lista oficial do partido durante a convenção da última quinta-feira (25), mas agora desistiu da candidatura.

“Nunca estive envolvido na política até que ano passado procurei o José Luiz Tancredo, que era o vereador de oposição na cidade. Como cidadão queria fazer algo contra o que estava acontecendo, que é essa ineficiência da prefeitura. Procurei ele para ser oposição e fazer parte deste movimento”, ressaltou o Reginaldo, que ainda disse desde o início, que não tinha interesse em apoiar o candidato do PL.

“Imaginamos que o MDB sairia de chapa pura. Era uma das intenções. Mas na última convenção aconteceu que nem o Tancredo, nem o Tártari, colocaram o nome à disposição”, comentou o comunicador. Nesta mesma convenção, ficou decidido que o partido só apoiaria alguém caso as propostas da sigla fossem ouvidas. Osnildo alega que neste curto período, não houve tempo hábil para criar nenhuma proposta e mesmo assim a coligação já foi firmada.

O jornalista ainda fala que foi importante dar satisfações nas redes sociais, pois muitos demonstraram apoio ao seu nome. “Reforço minha intenção de ser deputado federal. Tenho apoio do Grupo Catarinense de Rádios (GCR) para mostrar meu nome, minhas ideias e se o MDB não me apoiar por essa negativa, primeiro vou fortalecer meu nome e depois ver se outro partido aceita esse desafio. Do contrário, permaneço na sigla porque acredito que tem pessoas de bem lá. Foi uma conjuntura que resultou nessa coligação”, concluiu o ex-pré-candidato.

Reginaldo Osnildo também falou que não considera o movimento um erro, mas que não se sente bem com a condição. “É possível fazer parte da política sem se corromper. Eu falo em meu nome. Eu tinha esse posicionamento e preciso manter, se não as pessoas jamais vão acreditar naquilo que eu falo”, finalizou o jornalista.

Vale ressaltar, que em outra entrevista concedida ao SCTodoDia, o ex-deputado e uma das lideranças do MDB na região, Edinho Bez, também ressaltou ser contra as coligações. Para conferir, clique aqui.