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Empresa cofundada por brasileiro oferece serviço para quem busca regressar após a morte
O sonho da imortalidade requer investimento milionário
O sonho do ser humano de se tornar imortal pode estar mais perto do que se imagina. Isso porque uma empresa, cofundada por um brasileiro, oferece um serviço de congelamento (em nitrogênio líquido) para uma pessoa morta com a promessa de que ela pode ser ressuscitada algum dia no futuro.
A Tomorrow Bio está cobrando cerca de R$ 1,24 milhão para quem quer preservar um corpo — ou pouco mais de R$ 460 mil para os que querem conservar apenas a cabeça. Mesmo com os altos valores, o primeiro laboratório de criopreservação da Europa tem atraído uma série de clientes.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, a empresa afirma já ter congelado seis pessoas (além de cinco animais de estimação), tendo, ainda, uma fila com mais de 650 pessoas (que já pagaram algum valor) aguardando a abertura de “novas vagas”.
“Pessoalmente, acredito que durante a minha vida, atualmente tenho 40 anos, poderemos testemunhar a criopreservação segura e a reanimação de organismos complexos”, afirma Fernando Azevedo Pinheiro, cofundador da empresa.
O método usado pela empresa consiste em congelar um corpo a uma temperatura de -198°C, na tentativa de manter o corpo nas mesmas condições em que ele se encontrava no momento da morte. Com isso, segundo a empresa, esse paciente poderia, no futuro, ser reanimado e tratado de qualquer doença que tenha causado a sua morte.
Segundo a Future Bio, empresa que afirma ser a primeira e única a oferecer esse serviço, a rapidez do congelamento do corpo após a morte é fundamental para o sucesso do procedimento.
“Somos a primeira, e atualmente a única, empresa criônica a oferecer crioproteção de campo. Isso significa que iniciamos o processo de criopreservação imediatamente após o paciente ser declarado legalmente morto, usando nossas ambulâncias adaptadas, que funcionam como salas de cirurgia móveis”, explica Pinheiro.
Após a morte do paciente, a empresa leva o paciente até uma ambulância, na qual o corpo é depositado em uma banheira de gelo e recebe massagem cardíaca e oxigênio, com intuito de retardar os efeitos da decomposição. Após ser devidamente “preservado”, o corpo é levado o local onde será armazenado, na Suíça. Lá, ele é resfriado gradualmente até -196°C, ao longo de dez dias, até ser levado para um contêiner de aço, isolado e a vácuo, repleto de nitrogênio líquido.
“Muitos clientes estão fascinados pelas possibilidades de tecnologias e experiências futuras, como viagens espaciais. Para alguns, a motivação primária é o medo de morrer. A criopreservação oferece a eles esperança e uma sensação de segurança, fornecendo um caminho potencial para estender suas vidas”, contou Pinheiro.