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Eleições em Criciúma: divergências e confrontos nos planos de governo

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Candidatos A Prefeito De Criciuma

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Eleições em Criciúma: divergências e confrontos nos planos de governo

Eleições em Criciúma: divergências e confrontos nos planos de governo

Críticas ao atual governo e bandeiras ideológicas ganham destaque nas promessas de campanha entre candidatos de Criciúma

Na corrida pela prefeitura de Criciúma em 2024, temas como transparência na gestão pública, saúde e segurança ganham luz nos planos de governo dos candidatos. A análise das propostas registradas no DivulgaCand, a plataforma da Justiça Eleitoral, revela não apenas críticas à administração atual, mas também visões distintas sobre como governar a cidade.

Até o fechamento desta matéria, o plano de governo do candidato Julio Kaminski (PP) não estava disponível na plataforma, o que limitou a análise comparativa completa.

Transparência: tema com diferentes abordagens

A transparência é um ponto de convergência nas críticas ao governo atual, mas cada candidato a aborda de forma distinta, uma questão de prioridades e estilos de gestão.

Paulo Ferrarezi (MDB), por exemplo, aborda a transparência como um pilar da proposta de governo, criticando a administração atual por falta de clareza em áreas como contratos públicos e gestão de recursos.
Ele quer ampliar o Portal da Transparência e melhorar a Ouvidoria Municipal, sugerindo que, atualmente, o governo falha e deveria oferecer um controle rigoroso sobre o uso dos recursos públicos.

A proposta quer aumentar a visibilidade das autarquias e serviços que envolvem recursos municipais, uma crítica implícita à atual gestão​.

Ricardo Guidi (PL) também menciona a transparência, mas foca mais na eficiência administrativa. Ele sugere que a administração atual não está aproveitando ao máximo os recursos disponíveis e propõe uma gestão mais austera e eficaz. É possível perceber que no plano de governo Guidi critica implicitamente a falta de eficiência do governo, alinhando a proposta com a agenda bolsonarista de controle rígido dos recursos públicos.

Vagner Espíndola (PSD), o candidato da continuidade, defende as práticas de transparência já implementadas pelo prefeito Clésio Salvaro. No entanto, Espíndola propõe modernizar a administração pública para torná-la mais eficiente, deixa a entender que, embora o governo atual tenha feito avanços, ainda há espaço para melhorias na transparência e eficiência.

Arlindo Rocha (PT), por outro lado, aponta a transparência como uma questão de ética e democracia participativa. Seu plano de governo critica a administração atual por não promover uma participação cidadã suficiente e por não ser transparente o bastante. O petista defende uma gestão onde a transparência fortalece a confiança entre os cidadãos e o governo, permitindo maior controle social sobre as decisões políticas.

Jorge Godinho (Solidariedade), em seu plano, também reconhece a importância da transparência e da participação cidadã. Godinho propõe uma gestão mais próxima da população, com políticas públicas desenvolvidas de forma colaborativa e com maior abertura para o controle social.

Saúde: abordagens contrapostas

A saúde é outra área onde os candidatos apresentam propostas com enfoques distintos.

Paulo Ferrarezi (MDB) coloca a saúde em evidência na campanha, propondo a ampliação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a humanização do atendimento. Ele critica a atual administração por não ter eliminado as filas de espera e por falta de investimento na infraestrutura das unidades de saúde. Ferrarezi promete uma gestão mais próxima da população.

Arlindo Rocha (PT) também dá importância à saúde, mas com um foco mais amplo na universalização do acesso e na inclusão das populações mais vulneráveis. Ele aponta para a criação de centros especializados em saúde mental e o fortalecimento da rede de atenção básica, criticando a administração atual por não ter feito investimentos suficientes nessas áreas​.

Vagner Espíndola (PSD), defendendo a continuidade, ratifica os avanços feitos pelo governo atual na área da saúde, como a expansão das UBS e a modernização do atendimento. Ele quer consolidar esses avanços e garantir que a infraestrutura de saúde continue a se expandir para atender às demandas da população​.

Ricardo Guidi (PL) propõe uma abordagem mais técnica, com foco em eficiência e gestão de recursos. Ele promete reavaliar os contratos e parcerias na área da saúde para otimizar os serviços e garantir que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz.

Jorge Godinho (Solidariedade), por sua vez, foca na melhoria do atendimento à saúde por meio de políticas inclusivas e acessíveis. Seu plano prevê a ampliação da rede de atenção básica, com destaque para a saúde mental e o atendimento especializado.

Segurança: visões em confronto

A segurança pública é outra área em que os candidatos divergem, com visões claramente ideológicas.

Ricardo Guidi (PL) coloca a segurança no centro da campanha, propondo a criação de uma Guarda Municipal forte e a intensificação do policiamento, em linha com as pautas conservadoras do bolsonarismo. Guidi critica a administração atual por, em sua visão, não ter sido eficaz no combate ao crime e promete uma gestão com “tolerância zero” à criminalidade​.

Arlindo Rocha (PT) propõe uma abordagem mais preventiva, focada em políticas sociais que visam combater as causas da criminalidade. Seu plano alinhado com a esquerda, inclui o fortalecimento das redes de proteção social e a criação de programas para inclusão de jovens em risco, criticando as políticas punitivas como insuficientes para garantir a segurança a longo prazo​.

Vagner Espíndola (PSD) defende a continuidade das políticas atuais, mas com melhorias na coordenação entre as forças de segurança e a sociedade. Ele sugere que a atual administração fez progressos na segurança pública e que seu papel será consolidar esses avanços, implementando tecnologias e reforçando o policiamento comunitário.

Jorge Godinho (Solidariedade) propõe uma abordagem equilibrada, que combina a criação de uma Guarda Municipal com políticas de prevenção social. Ele promete uma política que seja pragmática, adaptada às necessidades reais da população e que inclua a comunidade no processo de construção de uma cidade mais segura.

Contexto nacional e reflexos locais

Os planos de governo dos candidatos de Criciúma abordam não apenas as propostas para a cidade, mas também o cenário político nacional. A disputa entre Arlindo Rocha (PT), Ricardo Guidi (PL) e Vagner Espíndola (PSD) traz claramente as divisões ideológicas que marcam o Brasil, com o PT defendendo uma agenda de inclusão social e direitos humanos, enquanto o PL adota uma postura conservadora e alinhada com o bolsonarismo.

Arlindo Rocha (PT) propõe uma gestão inclusiva e transparente, com foco em reduzir as desigualdades sociais. As críticas à administração atual são baseadas na falta de participação cidadã e na necessidade de uma gestão pública mais ética e transparente.

Ricardo Guidi (PL), por sua vez, propõe uma gestão que combine austeridade com eficiência, criticando o governo atual por não aproveitar plenamente os recursos públicos. Sua proposta é claramente influenciada pelas políticas de controle rígido e redução da interferência do estado, defendidas pelo bolsonarismo​.

Vagner Espíndola (PSD) e Paulo Ferrarezi (MDB) adotam uma abordagem mais técnica, focando na modernização e na eficiência administrativa.

Jorge Godinho (Solidariedade), enquanto se posiciona como uma opção de renovação, combina propostas de inclusão social com uma visão pragmática de gestão.

Os candidatos apresentam alternativas que variam entre a continuidade com ajustes, uma mudança técnica focada em resultados, e uma guinada para uma administração mais democrática e participativa.

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