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Vaguinho não pode mais usar fotos ou vídeos com Bolsonaro na campanha

Kelley Alves
Vaguinho Nao Pode Mais Usar Foto Com Bolsonaro

Kelley Alves

Vaguinho não pode mais usar fotos ou vídeos com Bolsonaro na campanha

Vaguinho não pode mais usar fotos ou vídeos com Bolsonaro na campanha

Vaguinho Espíndola não tem aliança com o PL, e isso inviabiliza a continuidade dessa estratégia

Com o início oficial da campanha eleitoral em Criciúma e região, uma questão jurídica azeda a estratégia de alguns grupos: a impossibilidade de candidatos que não estão coligados com o Partido Liberal (PL) de utilizarem a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro em suas propagandas eleitorais. A decisão, fundamentada em uma jurisprudência recente, impõe limitação para os candidatos que tentam se associar ao bolsonarismo sem terem o apoio formal do PL.

A disputa pela identidade bolsonarista já havia aquecido o cenário político de Criciúma antes mesmo do período oficial de campanha. Candidatos como Vaguinho Espíndola (PSD) adotaram cores e slogans que evocam o bolsonarismo, como o uso do verde e amarelo e o slogan “Criciúma acima de tudo”, em clara alusão ao bordão nacionalista de Bolsonaro. Mas Espíndola não tem aliança com o PL, e isso inviabiliza a continuidade dessa estratégia.

De acordo com a advogada especializada em Direito Eleitoral, Gabriela Schelp, a legislação eleitoral e a jurisprudência existentes são claras: apenas candidatos que tenham o PL nas coligações podem utilizar a imagem de Bolsonaro nas campanhas. “Há uma decisão da eleição de 2020, quando o então candidato João Rodrigues tentou usar a imagem de Bolsonaro, e o PL acionou a Justiça.

A decisão foi favorável ao partido, estabelecendo que apenas candidatos coligados com o PL poderiam utilizar essas imagens,” explicou Schelp.

A jurisprudência foi reforçada em 2022, quando o PL de Santa Catarina conseguiu uma liminar que impediu outras coligações de usarem a imagem de Bolsonaro nas propagandas eleitorais. A decisão, proferida pela juíza Ana Grasso, determinou a retirada imediata de qualquer material de campanha que tentasse colar a imagem do presidente em candidatos que não fossem do PL.

A ação judicial teve como alvo a coligação “Bóra Trabalhar”, liderada por Gean Loureiro (União), e coordenada politicamente por João Rodrigues (PSD).

Na época, o PL justificou sua ação alegando que o objetivo era evitar que os eleitores fossem induzidos ao erro, garantindo que apenas candidatos oficialmente apoiados por Bolsonaro e o PL pudessem se beneficiar da imagem do ex-presidente.

A decisão judicial foi um marco no controle do uso político da figura de Bolsonaro, restringindo essa associação aos candidatos do próprio partido ou de coligações que incluam o PL.

Em Criciúma, a decisão representa um desafio. Pelo menos para Vaguinho Espíndola. Sem a possibilidade de utilizar imagens ou vídeos de Bolsonaro em sua campanha, ele terá que encontrar outras formas de atrair o eleitorado bolsonarista em Criciúma.

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