Clésio Salvaro divide cela especial com dois prefeitos: saiba como é a rotina
Superintendente da penitenciária de Itajaí, onde estão os prefeitos, deu detalhes sobre a rotinas dos prefeitos, que dividem cela especial
Na cela de 5×3 metros do presídio de Itajaí, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, compartilha a rotina com outros dois prefeitos: Clézio José Costa, de São João do Itaperiú, e Douglas Elias da Costa, de Barra Velha. Aliás, um encontro quase inusitado.
A cela, reservada para figuras públicas, conta com três camas de solteiro, um banheiro privativo e um pátio exclusivo de 5×4 metros, onde os três prefeitos têm livre acesso durante o dia inteiro. A rotina diferenciada é uma das principais características que separam os políticos dos presos comuns.
De acordo com o superintendente da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa de Itajaí, Carlos Antônio Patricio, “eles não seguem a rotina dos demais detentos, que têm apenas duas horas de sol.
O pátio anexo fica aberto o tempo todo, e eles podem circular livremente”. Além das três camas, o espaço conta com duas mesas e cadeiras plásticas, que também significa maior conforto em comparação com as celas comuns do presídio.
Os prefeitos recebem cinco refeições diárias, todas iguais às dos demais presos, e supervisionadas por nutricionistas. O café da manhã é servido entre quatro e cinco da manhã, e as demais refeições são distribuídas em horários fixos ao longo do dia. No entanto, diferentemente dos outros detentos, que seguem uma rotina mais rígida, os prefeitos podem escolher quando dormir ou se manter acordados, organizando o dia de maneira mais flexível.
As visitas também seguem regras diferenciadas. No caso de Clésio Salvaro, as visitas só serão permitidas após 30 dias de prisão, o que significa que, até o momento, ele ainda não recebeu familiares ou amigos.
Chegada dos prefeitos na cela especial
O prefeito de São João do Itaperiú, Clézio José Costa, foi o primeiro a ocupar a cela. Depois, Clésio Salvaro, de Criciúma, preso no início de setembro, juntou-se a ele. Já Douglas Elias da Costa, prefeito de Barra Velha, foi transferido para a mesma cela após a prisão de seus secretários, que inicialmente também estavam detidos. A transferência foi para evitar o convívio de Douglas com seus ex-secretários.
Os três prefeitos estão envolvidos em investigações de corrupção. Clésio Salvaro foi preso no contexto da Operação Caronte, que apura fraudes no serviço funerário de Criciúma.
Douglas Elias da Costa, por sua vez, foi detido em janeiro de 2024 durante a Operação Travessia, que investiga fraudes em obras públicas e corrupção em Barra Velha.
Clézio José Costa também enfrenta denúncias de corrupção.
Prefeito de Criciúma divide cela com outro gestor investigado por corrupção