“Quando sair de lá, não será a mesma pessoa”, diz advogado de Clésio Salvaro
A prisão preventiva de Clésio Salvaro foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina nesta quinta-feira (19)
O prefeito de Criciúma Clésio Salvaro, até às 15 horas desta quinta-feira (19), ainda tinha sido informado de que sua prisão preventiva foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Um dos advogados está a caminho para dar a notícia do resultado. Em entrevista à Rádio Cidade, o advogado Giovani Dagostin falou sobre o estado físico do político: “Quando sair de lá, não será a mesma pessoa”.
A declaração vai além de uma constatação óbvia. Salvaro, uma das principais figuras políticas do sul catarinense, agora enfrenta um desgaste físico e emocional inevitável. Dagostin comentou que o prefeito, embora bem acomodado e em contato constante com advogados, já demonstra sinais do impacto da prisão. “O conhecendo, sei que ele vai lamentar, mas também vai nos direcionar para buscar alternativas possíveis”, disse, demonstrando a resiliência de Salvaro, mas deixando claro que o tempo na prisão já demonstra algumas consequências físicas.
Com a decisão de 2 votos a 1, a manutenção da prisão foi contestada por um dos desembargadores, que entendeu que Salvaro poderia responder em liberdade sob medidas cautelares. Esse voto divergente abriu caminho para que a defesa apresente embargos infringentes, pedindo a reavaliação da decisão junto ao próprio Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A outra opção é um habeas corpus junto ao STJ. “Recebemos com pesar, esperávamos que houvesse um entendimento de que a prisão não seria mais adequada”, desabafou Dagostin.
O que está em jogo agora não é a culpabilidade de Salvaro, mas sim se sua prisão é justificável. A defesa tem sustentado que não há perigo iminente para a sociedade que justifique mantê-lo atrás das grades. “As empresas investigadas no esquema continuam operando livremente. Manter o prefeito preso parece ser mais uma medida punitiva do que preventiva”, argumenta o advogado.