Procon SC apreende pulseiras perigosas antes do dia das crianças

Na manhã desta quinta-feira (26), uma operação conjunta entre o Procon SC e a Polícia Civil resultou na apreensão de pulseiras bate enrola em todo o estado. A ação, que também conta com o apoio dos Procons municipais e do Imetro-SC, busca evitar que essas pulseiras, feitas de metal cortante revestido com plástico, causem acidentes com o público infantil, especialmente com a proximidade do Dia das Crianças.

A operação foi desencadeada após a denúncia da influenciadora Karla Silva, de Florianópolis, cujo filho sofreu um ferimento na boca causado por uma dessas pulseiras. Além do perigo para as crianças, o produto não contém as especificações obrigatórias, como CNPJ, nome do fabricante e endereço, nem orientações sobre cuidados no uso, o que configura irregularidade na sua comercialização.

Durante a coletiva de imprensa, participaram a delegada Michele Alves, diretora do Procon SC, o delegado Gustavo Kremer, da Polícia Civil, e Vinicius Moreira, diretor de Fiscalização de Qualidade do Imetro SC. Eles destacaram a importância da operação para garantir a segurança das crianças e orientar os comerciantes sobre a legalidade dos produtos.

As pulseiras apreendidas permanecerão retidas e os comerciantes terão 30 dias para regularizar a embalagem e as informações obrigatórias. Caso o produto seja adequado às normas, a comercialização poderá ser retomada. No entanto, se reincidirem na venda sem as especificações exigidas, os comerciantes poderão ser autuados pelo Procon SC.

O Procon SC é responsável por fiscalizar os 180 municípios catarinenses que não possuem um órgão municipal próprio, enquanto a Polícia Civil atua nas apreensões nesses locais. Atualmente, 115 cidades de Santa Catarina possuem Procon municipal. O uso indevido dessas pulseiras já causou acidentes graves, como o caso de um menino de três anos que perdeu a visão de um dos olhos em 2011, quando o produto foi amplamente noticiado no Paraná.