Saúde
Especialistas alertam para a importância da mamografia
Especialista da Associação Brusquense de Medicina recomenda que todas as mulheres entre 50 e 69 anos de idade sigam a recomendação do Ministério da Saúde e façam o exame
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 73.610 casos novos de câncer de mama no Brasil em 2024. O risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres e apenas cerca de 1% dos casos ocorre em homens. Neste mês dedicado à orientação e prevenção ao Câncer de Mama, é cada vez mais importante procurar um médico para fazer os exames necessários e manter uma qualidade de vida para prevenir a doença.
O médico ginecologista Delfino João Schaefer, membro da Associação Brusquense de Medicina (ABM), lembra que praticar exercícios físicos ajuda na prevenção. “Praticar atividade física regular, manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas são alguns exemplos. Ainda, outros fatores protetores são amamentar e evitar o tabagismo ativo e passivo. Existem, sim, fatores não modificáveis, como a genética, mas os cuidados citados reduzem sim as chances de desenvolver um câncer de mama”, explica o médico.
Mesmo seguindo todas essas orientações, a mamografia é recomendada para todas as mulheres entre 50 e 69 anos de idade, conforme recomendação do Ministério da Saúde. É um exame capaz de identificar lesões iniciais e potencialmente malignas, até às não palpáveis ao exame clínico.
Porém, as mulheres podem fazer o autoexame em suas casas sempre, pois cada uma conhece o seu corpo e pode contribuir para detectar algum nódulo inicial. “Ao tomar banho colocar um braço por detrás da cabeça e com a ponta dos dedos da outra mão apalpar delicadamente o seio ou deitada fazer o mesmo, pois a ponta dos dedos é uma das melhores sensibilidades táteis do corpo. Também espremer o mamilo para ver se vai sair alguma secreção. Apalpar a axila contralateral também é uma forma de detectar alguma alteração”, explica o médico.
“É importante lembrar ainda que, o autoexame detecta pequenas anormalidades na mama, mas não é indicado para identificar ou prevenir o câncer de mama. Ele é importante, mas não substitui o exame clínico das mamas, indicado para mulheres acima de 40 anos, quando solicitado pelo ginecologista”, completa.
Uso de hormônios
De acordo com o ginecologista, “alguns tipos de câncer têm receptores específicos de estrogênio ou progesterona, hormônios em grande quantidade no organismo feminino, mas também presentes no masculino, em pouca quantidade. Quanto maior a quantidade de hormônio circulante, maior a chance de tumores desse tipo. Há uma teoria de que TRH aumenta a chance justamente por aumentar os hormônios circulantes, ‘alimentando’ o câncer”.
O médico lembra ainda que o estresse e a depressão também são fatores que podem aumentar o risco de câncer de mama, por isso é fundamental começar a ter uma vida com mais qualidade, começando com pequenas ações.
“Apenas descer dois pontos de ônibus antes da sua casa e ir caminhando o resto do caminho, já é uma iniciativa, e depois vá incrementando de acordo com seu gosto: natação, academia, funcional, e por aí vai. O importante é lembrar que é necessário”, destaca o médico. Schaefer reforça que, “os alimentos e atividades físicas são importantes, pois reduzem a obesidade, um fator de risco importantíssimo do câncer. Alimentos mais naturais, como frutas e verduras, aliados com uma rotina de atividade física, contribuem para a manutenção do peso ideal e para uma melhor qualidade de vida”.