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O furacão Milton pode afetar o Brasil?

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O furacão Milton pode afetar o Brasil?
Foto: Arquivo / Defesa Civil SC

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O furacão Milton pode afetar o Brasil?

Especialista Ronaldo Coutinho explica porque o fenômeno não é comum no país e relembra o Catarina

Com o assunto “furacão Milton” repercutindo em todo mundo, uma pergunta que para alguns parece bobagem, ainda surte efeito e vale o aprofundamento. A equipe de reportagem conversou com o meteorologista do Climaterra, Ronaldo Coutinho, que explicou o motivo dessas tempestades não aconteceram com tanta frequência no Brasil.

Por estar em outro hemisfério, o furacão Milton não irá atingir o Brasil. Dentre os fatores que contribuem para que tempestades do mesmo tipo não ocorram está a temperatura dos oceanos. “As dificuldades que fazem com que furacões não se formem aqui são as água dos oceanos mais frias e os ventos em altura desfavoráveis. É muito raro. A cada 50 ou 100 anos pode acontecer algo neste sentido, mas o ambiente aqui é diferente”, explicou o especialista.

20 Anos do Furacão Catarina

Há duas décadas, entre 27 e 28 de março de 2004, o Brasil, em especial o Sul de Santa Catarina e o Litoral Norte do Rio Grande do Sul, testemunharam um evento meteorológico de grande proporção e sem precedentes: o Furacão Catarina. O Furacão Catarina foi o primeiro e até agora único furacão a ser oficialmente registrado no Atlântico Sul. Sua formação e trajetória desafiaram a todos, desde especialistas, autoridades do Governo Federal e Estadual, técnicos e, principalmente, a própria população.

Ronaldo Coutinho explique que o fenômeno aconteceu em março, época em que a água do mar está mais quente e que um conjunto de fatores resultou para a formação do furacão. “Estava tudo favorável. Água do mar mais quente, atmosfera mais parada, o que permitiu sua formação”, explicou.

O Catarina entrou na categoria 2, com ventos constantes acima de 160 km/h e rajadas de 180 a 200 km/h. “Rapidamente perdeu força quando entrou em terra. É o caso do Milton, que vai cair de categoria ao atravessar a Flórida. Talvez ele saia do estado na categoria 1 ou 2, mas depois ganha força em cima do mar de novo”, detalhou o meteorologista. O Furacão Milton citado pelo especialista, chegou a alcançar a categoria 5, mas caiu para categoria 4.

“O furacão Catarina nasceu no nosso Atlântico que estava quente. Quente no limite mínimo, pois nem se compara com a água do Golfo do México, que supera os 30°C. Aqui na nossa latitude isso é muito difícil de acontecer e quando acontece é mais próximo da costa, no mar aberto não chega a isso”, disse Coutinho.

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