Criciúma
MP pede prisão de Clésio Salvaro e demais integrantes por informação privilegiada
Risco de interferência nas investigações também é considerado
A prisão de Clésio Salvaro e dos demais integrantes investigados na Operação Caronte (Jefferson Monteiro, Bruno Ferreira, entre outros) foi reiterada pelo Ministério Público, em pedido enviado para a Justiça de Santa Catarina.
No pedido, a Promotoria mostrou provas de que Jefferson Monteiro passou pela frente da sede do Gaeco, onde os policiais estavam reunidos para executar a Operação Caronte durante a madrugada e que ele avisou Clésio Salvaro com antecedência sobre o processo, que inclusive teve uma cópia do documento encontrada pela polícia na residência do ex-secretário de Assistência Social do município, Bruno Ferreira e com o próprio Clésio Salvaro. O processo tinha segredo nível 5, o máximo do Poder Judiciário onde apenas o juiz tem acesso.
Na imagem acima, o MP explica que através de imagens de câmeras, é possível confirmar que Jefferson Monteiro passou pela frente da sede e constatou que realmente havia movimentação policial se formando para a Operação Caronte. Ele voltou para casa e teria avisado Clésio Salvaro sobre a operação. Veja a seguir trechos da conversa entre Jefferson Monteiro e Clésio Salvaro:
Em seu interrogatório, Clésio Salvaro admitiu que Jefferson o procurara e o mostrara o referido documento, admitindo ter sido avisado, e que os rabiscos havidos no documento foram feitos por seu neto. “Apesar da explicação pouco verossímil, fica evidente que com o aviso permitiu-se que medidas de contrainteligência fossem tomadas, tanto que o próprio Paço Municipal tomara conhecimento acerca da possibilidade de nova operação do Gaeco, o que remonta ao fortíssimo indício que essa medida tenha, de fato, partido do próprio prefeito Clésio Salvaro”, diz o coordenador de Recursos Criminais do MP, Carlos Henrique Fernandes.