Caravelas portuguesas chegam às praias de SC

Banhistas de Penha registraram ontem (31), o aparecimento das primeiras caravelas portuguesas na Praia do Quilombo. Os organismos marinhos foram vistos no período da manhã e, assim como em outros anos, mais colônias devem aparecer nas praias de Santa Catarina com o aumento das temperaturas e o consequente aquecimento da água.

Apesar de ter cores vivas e aparência intrigante, a caravela possui toxina que a um simples toque, dentro ou fora da água, podem causar sérias queimaduras. A melhor forma de se prevenir contra os ataques destes animais é conhecê-los e manter distância.

Os organismos são conhecidos cientificamente como Physalia physalis e habitam as águas quentes das regiões tropicais e subtropicais. Elas vivem na superfície do mar aberto, utilizando as correntes e movimentos das águas para se deslocar, ocasionalmente chegando às praias. Elas produzem uma toxina urticante mas, no entanto, elas não atacam as pessoas.

A toxina é liberada apenas quando o indivíduo tem contato direto com os seus tentáculos, que contêm cápsulas de veneno que, quando em contato com a pele, podem causar dor, vermelhidão, inchaço e até sintomas sistêmicos, como náusea, tontura e taquicardia. Portanto, ao avistar uma caravela portuguesa na praia, é crucial não tocá-la e ter cuidado ao entrar na água para evitar o contato acidental. Praias com presença desses organismos devem ser sinalizadas com bandeira roxa.

O que fazer em caso de queimadura

Em caso de contato com uma caravela, a orientação é sair da água e lavar o local afetado com água do mar. Se os tentáculos ficarem presos à pele, eles devem ser removidos com uma pinça antes de lavar novamente.

Também é recomendado fazer compressas de vinagre para desativar o veneno e prevenir novas inoculações na pele. Também deve-se evitar coçar o local, evitar exposição ao sol e não utilizar toalhas abrasivas para retirar restos de tentáculos, pois isto pode aumentar a injeção de toxinas na pele.