Cotidiano
Criciúma celebra 99 anos com foco no centenário
Criciúma comemora 99 anos de emancipação, destacando sua evolução da mineração de carvão a uma economia diversificada em diversos setores
Criciúma comemora, nesta segunda-feira (04), seus 99 anos de emancipação político-administrativa, marcando o início das celebrações para o centenário, que ocorrerá em 2025. Fundada em 1880 por imigrantes italianos, Criciúma foi emancipada de Araranguá em 1925 e é amplamente conhecida pela mineração de carvão. No entanto, sua economia atualmente se destaca em outros setores, como tecnologia, cerâmico, plástico e confecções.
Segundo o IBGE, Criciúma possui uma população estimada de 225.281 habitantes, sendo a maior cidade entre as capitais Porto Alegre e Florianópolis. Em artigo no site da Câmara de Vereadores, o ex-vereador e radialista Archimedes Naspolini Filho narra a descoberta do carvão na cidade em 1893, quando Giácomo Sonego percebeu que algumas pedras queimavam em sua propriedade. A partir dessa descoberta, o carvão se tornou essencial para o desenvolvimento da região até os anos 70, quando a cidade começou a diversificar sua base industrial.
O historiador Mário Belloli explicou, em entrevista à Rádio Cidade em Dia, como o contexto da Primeira Guerra Mundial influenciou a exploração de carvão no Brasil. Com o bloqueio das importações de carvão da África e da Alemanha, o Brasil precisou buscar alternativas internas, o que impulsionou o desenvolvimento da mineração de carvão em Criciúma.
Ao longo dos anos, a economia de Criciúma se transformou, com a mineração de carvão abrindo caminho para o desenvolvimento de uma base industrial mais diversificada. Archimedes ressalta que, a partir dos anos 70, novas indústrias emergiram, e o setor de carvão foi, aos poucos, substituído por outros segmentos. O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), Valcir Zanette, destaca que a indústria do carvão foi crucial para o crescimento de outras áreas, como o setor metal-mecânico, a cerâmica e a construção civil, marcando o início de uma economia diversificada.
André Luiz Santiago de Castro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, ressaltou o vigor do comércio local ao longo da história, citando que o coméricio de Criciúma é mais forte que de algumas cidades com o mesmo número de habitentes. “Isso é uma grande vantagem, resultado do empreendedorismo dos criciumenses, que vem de mais de 100 anos, desde os primeiros imigrantes que chegaram aqui e abriram seus pequenos comércios de secos e molhados, chegando a buscar produtos na Itália para vendê-los em Criciúma.”