Quem me conhece, sabe da minha paixão pelo rádio. Foi também esta paixão, além dos ossos do ofício, que me trouxe ao Acaert Talk, em Florianópolis, onde assisti à palestra do jornalista Milton Jung, âncora da CBN, que trouxe uma visão sensacional sobre a evolução e a relevância do rádio, apesar da era digital.
O Acaert Talks 2024, é promovido pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), no Hotel Castelmar, em Florianópolis.
Bom, Jung começou falando sobre a capacidade única do rádio de estabelecer uma relação de confiança com o público, mantendo uma voz “familiar”.
Em um cenário de “caos informacional,” onde as pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas de informações, o rádio, segundo ele provou, segue sendo fonte confiável para 58% dos ouvintes.
Concluiu o raciocínio mostrando, através de pesquisas, que as pessoas buscam, mais do que informação, mas uma conexão humana, algo que o rádio faz como nenhuma outra mídia.
Com dados atuais, Jung mostrou a força do rádio no seguinte: 78% dos brasileiros ainda escutam em AM ou FM, dedicando em média quase 4 horas diárias.
“A tecnologia trouxe novas plataformas, como YouTube e streaming, e o rádio soube aproveitar esses canais, ampliando o alcance sem perder sua essência”.
Outra perspectiva interessante que ele compartilhou foi o papel da inteligência artificial. Bem, alertou que IA é uma ferramenta poderosa, mas que não substitui a necessidade de uma comunicação autêntica e bem fundamentada.
“Precisamos de argumentação e pensamento crítico,” afirmou, ressaltando que o rádio é mais do que dados—é o jeito de contar histórias de forma direta, humana e próxima.
“Rádio é um jeito de comunicar,” resumiu Milton Jung.