Archimedes Naspolini
O Distrito da Paz na emancipação de Criciúma
O que aconteceu com Cresciuma antes de ser Criciúma
Faltam 357 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Será que, ali, no Paço Municipal Marcos Rovaris, já se esboça alguma programação para os festejos de tão magna data?
A vila – eu nem diria vila, mas apenas comunidade – a comunidade de Cresciuma despertava para alguma coisa bem diferente daquele “status quo” de então. A conversa dos idosos (apenas dos homens, as mulheres não participavam, em obediência à cultura e aos costumes da época, especialmente os trazidos da Itália), a conversa dos homens era a necessidade de organização dando ares de vila àquele povoado.
A cidade-mãe, mostrou-se simpática à perspectiva de seu próprio desenvolvimento: se Cresciuma se desenvolvesse quem estaria se desenvolvendo seria o município, e o município era Araranguá. Então, vamos ajudar a desenvolver o povoado da italianada – teriam dito as autoridades araranguaenses. E foi assim que nosso “status” subiu um degrau. O primeiro degrau rumo à independência. E foi criado um distrito de Paz, na Cresciuma de 1892.
Distrito de Paz – hoje apenas Distrito – é uma subdivisão territorial de um município. E a velha Cresciuma, em 1892, doze anos depois de fundada, passava a ser Distrito de Paz. Nooooooossa! Era muito para aquele povoado.
Paralelamente à criação do Distrito de Paz, instituído ao natural, era criada a primeira escola pública na nossa embrionária cidade. Esta sim, uma velha e cotidiana reivindicação dos nossos primitivos habitantes. Até ali, o italiano era a língua oficial e o aprendizado era domiciliar, aprendia-se a falar, ler e escrever, em italiano, como se falava em casa.
A criação do Distrito e a criação da escola foram duas ferramentas de imensurável valia para os postulados da emancipação.
E eu retornarei amanhã! Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!