Archimedes Naspolini
Marcos Rovaris e a transformação de um distrito em município
A participação de uma figura histórica na transformação do status de Criciúma
Faltam 354 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Será que a Escola Humberto de Campos já está pensando na sua participação nos festejos alusivos à passagem do Centenário?
Marcos Rovaris, então com 19 anos de idade, aporta ao Distrito. Era a segunda leva de imigrantes italianos. Agora eles vinham sabendo o que iriam encontrar. As coisas estavam mais fáceis. O difícil aqueles primeiros 145 já haviam transporto. Na realidade, aqueles bergamascos tinham como destino a cidade de Urussanga porém concluíram por virem para a nossa terra.
Marcos Rovaris chegou em Criciúma dia 26 de março de 1892, acompanhando uma turminha de bergamascos junto dos quais o avô do nosso historiador maior, Mário Belloli. Marcos era um predestinado. Dono de um respeitável capital logo se estabeleceu comercialmente falando, na localidade de Primeira Linha, onde fez história. Marcos era rico, para os padrões da época. Alfabetizado, naturalizado, comerciante, aprendendo rapidamente a se comunicar em português, logo granjeou a simpatia de todos e, dando ouvidos ao que Seu Lorenzo Benedet apregoava, resolveu se candidatar a uma cadeira no Conselho Municipal de Araranguá. A vila possuía eleitores suficientes para eleger um conselheiro, ou um vereador. Era 1911.
Votavam todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 21 anos, residentes há mais de três meses no Município, depois de preenchida a ficha do alistamento eleitoral, de próprio punho, à vista de testemunhas. E o voto não era obrigatório. Portanto, uma merreca de votos elegia um vereador, na época conhecido como Conselheiro.
A presença de Criciúma no Conselho do Município poderia ser o trampolim para a transformação do distrito em Município.
E eu retornarei segunda-feira! Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!