Archimedes Naspolini
Marcos Rovaris consegue uma cadeira no Conselho
Acontecia, ali, mais um capítulo importante para a emancipação de Criciúma
Faltam 353 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Será que o Colégio Madre Teresa Michel já está pensando na sua participação nos festejos alusivos à passagem do Centenário?
Eu falava, na sexta-feira da semana passada, na candidatura do ítalo-brasileiro Marcos Rovaris a uma cadeira junto ao Conselho Municipal de Araranguá.
E Marcos Rovaris foi eleito. Seu sotaque arrastando as palavras em português era ridicularizado por seus colegas de Conselho. Mas ele não se amedrontou. Montado a cavalo e, depois de três horas cavalgando sobre caminhos pedregosos, chegava ao Conselho Municipal para as reuniões que só aconteciam quando o prefeito as convocasse. E Marcos aproveitava a viagem para pensar, para tabular possíveis estratégias, para se organizar, enfim… Agora Marcos Rovaris passava a ser a autoridade maior daquele grupo de italianos miscigenado com alemães, portugueses, poloneses e africanos que iam dando corpo maior à localidade fundada em 1880.
Numa daquelas reuniões, Marcos falou do anseio dos seus representados que estavam falando em emancipação. Foi ridicularizado. Simplesmente mandaram calar a boca. E Marcos calou. No retorno, sobre o lombo do seu cavalo, pensou e resolveu mudar a estratégia. A partir da próxima reunião usaria a palavra para agradecer as autoridades do Município “as constantes posições tomadas em benefício de Criciúma”.
Quando ele contava isto para os demais líderes da emancipação riam descomunalmente. Também de enganação verbal se constrói uma independência.
E eu retornarei segunda-feira. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!