Cotidiano
Prefeitura de Itajaí cancela bolsas de paratletas
Mais de 100 atletas e profissionais do paradesporto tiveram o benefício cancelado de uma hora para outra; Município alega redução de custos
Itajaí tem um modelo de gestão inclusiva que deixa muito a desejar. No apagar das luzes do governo Volnei Morastoni (MDB) a Fundação Municipal de Esporte e Lazer (FMEL) cancelou as bolsas de mais de 100 atletas do paradesporto de Itajaí. Os atletas, treinadores e guias contemplados pelo edital ficaram sabendo apenas nesta semana que não receberão as parcelas de novembro e dezembro do programa Bolsa Atleta.
Alegando cortes de gastos, a FMEL paralisou todas as atividades do paradesporto da cidade e até os treinos estão proibidos nos espaços esportivos cedidos pela Fundação. Cada parcela varia entre R$ 800 e R$ 1.200, de acordo com o currículo do profissional.
Tem ainda dez atletas de Itajaí que estão inscritos no Brasileiro de Atletismo Paralímpico em São Paulo, no início de dezembro. Eles usariam o valor do bolsa atleta para bancar a despesa da viagem e agora podem não participar por falta de patrocínio e apoio dos órgãos públicos. E para piorar a situação, quem não for no Brasileiro pode perder o apoio estadual e nacional.
A FMEL justificou a medida como necessária para o “fechamento das contas neste final de mandato”, mas deu uma esperança: a prefeitura diz estar negociando com a Câmara de Vereadores para que parte dos recursos do duodécimo, que voltarão ao município, sejam destinados para regularizar a situação dos atletas do paradesporto nos próximos dias.
