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Entidades discutem futuro do terreno da penitenciária de Florianópolis

Cotidiano
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Entidades discutem futuro do terreno da penitenciária de Florianópolis

Evento contou com a presença de autoridades do governo, da Prefeitura de Florianópolis, além de empresários e representantes de entidades

A utilização futura do terreno da penitenciária de Florianópolis, localizada no bairro Agronômica, foi tema de um debate promovido pelo Movimento Floripa Sustentável, que reúne 45 entidades representativas da sociedade catarinense. O evento, realizado na manhã desta segunda-feira (25), contou com a presença de autoridades do governo do Estado, da Prefeitura de Florianópolis, além de empresários e representantes de entidades, que discutiram propostas para o uso do espaço.

Desativação da penitenciária e novos rumos para o terreno

Atualmente, o terreno de 174 hectares, equivalente a 17 campos de futebol, abriga cerca de 2.200 detentos, entre homens e mulheres. O governo do Estado planeja desativar o complexo até 2025, transferindo os presos para outras unidades, o que abre a possibilidade de reconfigurar a área para outros usos. Localizado em uma região estratégica e de grande valor, o terreno pode ser convertido em um novo polo de cultura, educação, lazer e entretenimento.

Conexão ambiental e integração urbana

O ambientalista Ike Gevaerd, da Biosphera Ambiental, abordou a importância de integrar o espaço da penitenciária ao Parque do Manguezal do Itacorubi e ao Estuário Fritz Müller, destacando o potencial do terreno como um elo entre os bairros Agronômica e Itacorubi.

Parcerias público-privadas e projetos culturais

O secretário municipal de Meio Ambiente, Michel Mittmann, ressaltou que o novo Plano Diretor, sancionado em maio de 2023, oferece ferramentas para o planejamento do espaço, com incentivos para o desenvolvimento de áreas específicas. Ele destacou que o plano facilita a implementação de parcerias público-privadas, que poderão gerar benefícios para toda a população.

O secretário estadual de Articulação Internacional de Projetos Estratégicos, Paulinho Bornhausen, sugeriu a criação de uma Cidade da Cultura no local, lembrando que parte do terreno já foi destinada, na década de 1980, à construção do Centro Integrado de Cultura (CIC).

O futuro do terreno e o diálogo com a sociedade

O prefeito Topázio Neto encerrou a discussão ressaltando a importância de envolver a sociedade no processo de decisão sobre o uso do espaço. “Este é o momento de desativar a penitenciária, mas a próxima etapa é decidir o que fazer com o terreno. A participação da sociedade é fundamental para escolhermos os melhores projetos para a cidade”, concluiu.

O debate sobre o futuro do terreno da penitenciária de Florianópolis segue em aberto, com diversas propostas sendo consideradas para transformar a área em um novo centro de atividades culturais, ambientais e urbanísticas que beneficiem toda a população.

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