Justiça
“Planejado por um ano” diz delegado sobre assalto em Criciúma
O assalto ao Banco do Brasil de Criciúma, ocorrido em 2020, resultou em 17 condenados, com penas variando de 36 a 50 anos de prisão
Nesta quarta-feira (27), 17 pessoas foram condenadas por participação no assalto ao Banco do Brasil de Criciúma, no dia 30 de novembro de 2020. O assalto mobilizou diversas autoridades e ganhou repercussão internacional pela forma como foi realizado. Quatro anos depois, os responsáveis estão sendo condenados, com penas que variam de 36 a 50 anos.
O delegado Anselmo Cruz, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), responsável pelas investigações, falou ao programa Boa Tarde, Cidade, da Rádio Cidade em Dia, sobre as investigações. “O crime foi planejado por pelo menos um ano”, afirmou o delegado. Ele explicou que a investigação foi dividida em três fases, todas coordenadas pela Polícia Civil de Santa Catarina, com o apoio de diversas forças de segurança. “Foi uma ação altamente estruturada e meticulosa”, destacou Cruz, evidenciando a complexidade do crime.
“O trabalho foi coordenado com várias forças de segurança”, disse Cruz, referindo-se ao apoio da Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, forças policiais do Rio Grande do Sul e o Ministério Público de Santa Catarina. As investigações resultaram em sentenças que variam de 36 a 50 anos de prisão, por se tratar de um crime grave, incluindo latrocínio, já que um policial militar foi gravemente ferido durante a ação.
Sobre a execução do assalto, o delegado afirmou: “Todos os executores eram integrantes de uma facção criminosa.” Ele acrescentou que os criminosos vieram de fora de Santa Catarina para cometer o crime, e que o planejamento foi detalhado, com visitas frequentes à região antes da ação. “A organização criminosa foi responsável por vários crimes anteriores”, afirmou Cruz, ressaltando o histórico dos envolvidos.
A investigação revelou que os criminosos realizaram ensaios prévios para garantir o sucesso do assalto, uma característica comum em crimes planejados dessa magnitude. “Estamos trabalhando para garantir que todos os responsáveis sejam punidos”, destacou Cruz.
Após o assalto, a investigação identificou que os criminosos se dispersaram em pequenas células, fugindo para o interior de Santa Catarina, e até mesmo para o Rio Grande do Sul e a Argentina. “A investigação continua”, garantiu o delegado. “Ainda há muito a ser feito”, completou ele, referindo-se aos desdobramentos do caso.
O delegado também enfatizou a importância da tecnologia no sucesso das investigações. “A tecnologia tem sido fundamental para o sucesso das investigações”, afirmou Cruz. A Polícia Civil tem investido em ferramentas de análise de dados e monitoramento das atividades criminosas. “Estamos muito satisfeitos com esses avanços e com os resultados que conseguimos alcançar até agora.”
Com relação ao reforço na segurança pública após o crime, Cruz declarou: “A segurança pública foi reforçada após o crime”, mencionando os investimentos em equipamentos, como armamentos e tecnologia, para enfrentar situações como a do assalto a Criciúma.
O caso ainda está em andamento, e a Polícia Civil segue trabalhando para identificar e prender outros envolvidos. “É um trabalho contínuo”, concluiu o delegado.