Archimedes Naspolini
‘Fica creado o Município de Cresciuma’
O texto do projeto que emancipou a atual Criciúma
Faltam 339 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Será que a nossa Quarta Linha já está pensando na sua participação nos festejos alusivos à passagem do Centenário? E a logomarca do Centenário, está em gestação?
Enquanto aguardamos resposta, vamos em frente.
Temos nos ocupado, nos últimos dias, a narrar a audiência que uma comissão de políticos criciumenses, liderados por Marcos Rovaris, tivera com o secretario do Tesouro catarinense, Dr. Vitor Konder.
O projeto de lei, conforme prometera o secretário, foi redigido (a bico de pena, é bom recordar). A máquina de escrever só entraria em ação, na esfera do governo, algum tempo depois.
O projeto original trocou a redação do artigo 1º, que passou a ser lido assim: “Fica creado o Município de Cresciuma, cuja sede, elevada à cathegoria de villa, será a povoação do mesmo nome”.
Na redação epigrafada, algumas surpresas que aquele memorável ano de 1925, nos oferece: primeiro – o verbo criar, nosso de todo dia, era crear; segundo – o povoado então existente passaria a ser reconhecido como villa, com dois eles. E vila, senhores, era um estágio avançado de um povoado qualquer que quisesse alcançar a maioridade sob a ótica do desenvolvimento urbano; terceiro – a caligrafia do manuscrito pode ser entendida como uma obra de arte. Aliás, diga-se de passagem, que a profissão de ‘calígrafo’ era frequente nos gabinetes palacianos e nas secretarias das grandes empresas. E quanto mais requintes os caracteres eram escritos, mais disputados eram os escreventes.
Aquele projeto de lei, de número 46, escrito à mão – como o eram todos os documentos da época – está guardado no arquivo geral da Assembleia Legislativa do Estado.
O artigo segundo, do documento em tela, fala dos limites geográficos do novo município.
E o que ali se lê veremos amanhã.
Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!