Criciúma
Corpo é retirado de velório e suspeita de feminicídio choca região de Araranguá
Uma das suspeita é de que ela possa ter sido vítima de feminicídio
Hematomas no corpo e possível fratura de costela. Esses foram os principais indícios de que uma mulher, encontrada morta em casa no Balneário Arroio do Silva, não tenha sido suicídio, como inicialmente teria sido levantada a hipótese.
Tanto é que o corpo já tinha sido preparado pela funerária para o velório, até que a Polícia Civil solicitou que o corpo fosse levado diretamente ao IML para uma autópsia, ou seja, uma segunda perícia cadavérica, requisitada pelo advogado da família da mulher, que enviou um requerimento de urgência para a Justiça durante a madrugada e concedida pela juíza de plantão.
O advogado da família da mulher indica que a vítima foi encontrada com pelo menos uma costela quebrada, indicando ter sido vítima de agressão. Ela tinha obtido proteção judicial, por conta de ameaças de morte por parte de um ex-companheiro dela. A medida protetiva impedia que o ex se aproximasse da vítima. Mas áudios vazados dão conta de que o ex-companheiro dela esteve sim em contato com a vítima e que ele havia agredido ela e estava a levando a algum lugar, de carro. A reportagem do SCTodoDia irá retirar os momentos em que a mulher profere o nome do ex-companheiro para preservar a identidade de todos. E também irá distorcer a voz do rapaz. Ouça os áudios:
De acordo com o delegado Juliano Baesso, da Polícia Civil de Balneário Arroio do Silva, testemunhas serão ouvidas. “Os laudos periciais não aportaram na delegacia de polícia. A autópsia será feira hoje. O laudo pericial do local do fato também não foi encaminhado para a delegacia de polícia, então é muito cedo falar sobre as circunstâncias. Mas sim, havia medida protetiva há aproximadamente dois meses. Ela foi vítima de violência doméstica e estava afastada do ex-marido. Isso também será levado em consideração. A morte aconteceu numa casa de veraneio da família, então tudo isso será levado em consideração a partir de agora na investigação. Nada pode ser descartado nesse momento. Até porque as investigações estão no início”, pontua o delegado Baesso ao Post TV, de Araranguá.