Política
Projeto Lagoa Viva é debatido em Audiência Pública em Florinaópolis
Na tarde de quarta-feira (4), foi realizada uma Audiência Pública com o objetivo de apresentar e esclarecer o Projeto Lagoa Viva
Na tarde de quarta-feira (4), foi realizada uma Audiência Pública com o objetivo de apresentar e esclarecer o Projeto Lagoa Viva, uma iniciativa para a recuperação do ecossistema da Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O projeto é uma parceria entre a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e a Câmara Judicial de Proteção da Lagoa, vinculada à 6ª Vara Federal de Florianópolis (Ambiental). Em outubro, o juiz Marcelo Krás Borges autorizou a implementação do projeto dentro de uma ação civil pública, com determinações específicas, como a renovação do Programa Trato pela Lagoa e a atuação da Casan em fiscalização e conscientização ambiental.
Uma das principais medidas do projeto inclui a criação de um viveiro de mudas nativas para restaurar áreas degradadas ao redor da Lagoa, com ênfase na escolha de espécies que contribuam para a estabilização do solo, melhoria da qualidade da água e controle do escoamento superficial. Contudo, o projeto enfrentou um obstáculo quando a desembargadora Ana Blasi indeferiu a iniciativa, solicitando um levantamento técnico para avaliar as opções disponíveis. A decisão visa garantir que a solução mais adequada seja escolhida com base em critérios técnicos sólidos, sem pressões unilaterais.
Durante a audiência, foram discutidas as implicações ambientais, sociais e econômicas do projeto, com o intuito de transformar a Lagoa da Conceição em um modelo de recuperação ambiental. A vereadora Manu Vieira, que propôs a Audiência, destacou a importância de continuar o debate para garantir o sucesso da iniciativa, levando em consideração a complexidade das questões envolvidas.
Rodrigo Costa, engenheiro da CASAN, também contribuiu com informações sobre o impacto ambiental de incidentes passados, como o rompimento do sistema de evapoinfiltração da Lagoa da Conceição em 2021. Esse incidente causou sérios danos ao ecossistema, com a liberação de esgoto não tratado, prejudicando a qualidade da água, causando a morte de peixes e afetando a pesca, o turismo e a saúde pública local.
Por fim, Alessandra Bento, bióloga da FLORAM e chefe do Departamento de Licenciamento Ambiental, afirmou que sua equipe tem trabalhado intensamente na fiscalização e melhoria da qualidade da água na região. A expectativa é que, após as análises técnicas necessárias, o projeto passe por mais discussões para garantir que a recuperação ambiental da Lagoa da Conceição seja realizada de maneira sustentável, atendendo às necessidades ambientais sem comprometer o futuro da região.