Social
Lembra do Marcos? Morador abordado por Salvaro hoje trabalha e estuda
Cidadão estava em situação de rua há cerca de um ano quando participou de vídeo polêmico
Em fevereiro de 2024, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), se envolveu em uma polêmica após publicar em suas redes sociais um vídeo onde abordava um cidadão em situação de rua e o encaminhava para a Assistência Social. A publicação chegou, inclusive, a mobilizar o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Dez meses depois, a vida daquele morador mudou – para melhor, segundo ele mesmo contou em entrevista a Rádio Cidade em Dia na manhã desta quinta-feira (12).
De acordo com o atual secretário de Assistência Social de Criciúma, Jamil Ahmad, Marcos Eugênio Rechia dos Santos se tornou um exemplo de vida transformada após a abordagem. Ele está desde fevereiro trabalhando de carteira assinada e, inclusive, já ingressou na universidade.
“Através do encaminhamento, a gente conseguiu restabelecer o vínculo familiar do Marcos, emitir todos os documentos dele, bem como a carteira de trabalho. Ele trabalha desde o dia 13 de fevereiro, se não me engano. Após isso, passou pela República e depois pela comunidade Terapêutica para auxiliar. Dormia na comunidade e trabalhava durante o dia. Esse processo todo fez com que ele conseguisse entrar na faculdade de Direito e fosse aprovado neste primeiro semestre”, relatou o secretário.
Segundo Marcos, tudo o que ele precisava naquele momento era de uma chance para se recuperar. E conseguiu. O ex-morador em situação de rua afirma estar orgulhoso da volta por cima que conseguiu dar a sua própria vida.
“Faz praticamente um ano que venho nesse tratamento em busca de uma mudança na minha vida, e tem dado muito certo. Hoje tenho colhido bons frutos e me sinto muito orgulhoso. Muito feliz de ter o secretário Jamil me dando todo o apoio. Me encontro feliz por isso”, declarou.
Marcos relatou, ainda, que morava há aproximadamente um ano nas ruas do bairro Pinheirinho quando foi abordado pelo prefeito em fevereiro. Ele era viciado em crack e alimentava o vício pedindo esmola na rua e em estacionamentos de mercado. Toda essa situação. no entanto, passou.
“Me deram essa chance de refazer uma nova história na vida”, disse. “Aquilo era falta de oportunidade, quando tive a oportunidade eu a abracei. Não olhei mais para trás e simplesmente segui em frente”, afirmou.