Política
Fabris passa a limpo relação com Salvaro: ‘ataques de baixo nível’
Politicamente rompidos, prefeito e vice-prefeito não conversam há quase dois meses
Não é novidade para ninguém que Clésio Salvaro (PSD) e Ricardo Fabris (MDB) estão politicamente rompidos. Já faz praticamente dois meses que os dois não se falam, desde que a Justiça autorizou o retorno do prefeito ao cargo. A relação entre ambos, de acordo com o vice, não carrega nenhum tipo de “ódio”. No entanto, teria envolvido o que ele define como “ataques de baixo nível”.
Em entrevista concedida a Rádio Cidade em Dia na manhã desta terça-feira (24), Fabris passou a limpo a sua relação com Salvaro. Há poucos dias do encerramento de seus mandatos, os dois não conversam mais. Foram oito anos que se deterioraram, de maneira mais acentuada, nos últimos meses de um ano de eleição.
“Não levo absolutamente nada de bom e nada de ruim do que está aí. Não levo raiva e nem ódio. O que questiono são os ataques gratuitos, que muitas vezes não são políticos, mas, sim, da tua vida pessoal. Acho isso de um baixíssimo nível”, declarou Fabris, sem citar efetivamente o nome de Salvaro.
O vice-prefeito disse nunca ter respondido às provocações, por entender que o silêncio seria o melhor comportamento a adotar. Ele diz, também, ter estado contente que os “ataques” tenham sido todos pessoais – e não referentes ao seu trabalho na Prefeitura.
“Em nenhum momento houve um ataque moral à minha vida política. Em nenhum momento disseram que o Ricardo, nesses dois meses, fez algo de errado. Que tem que pagar por isso e isso, que tem que chamar o Ministério Público e Gaeco por isso ou aquilo. Nunca houve isso nos ataques, sempre foram ataques pessoais e de baixo nível”, afirmou.
Além de não conversarem, Clésio e Fabris também não dividem mais o mesmo espaço. O vice-prefeito não tem mais ido para a Prefeitura de Criciúma, atuando com maior frequência na rua – fazendo visitas às comunidades. Além disso, segundo Ricardo, os dois não devem voltar a conversar.
“Foi a última conversa que tivemos [no dia em que Salvaro foi autorizado a voltar para a Prefeitura] e eu acho bom estar assim. Decidi não ir para a Prefeitura para não alimentar a raiva e o ódio de ninguém”, pontuou.