Política
Vereador de Tubarão pretende focar em projetos para a Defesa Civil da cidade
Diego Goulart visa implementar a Lei da Ajuda Mútua no município, visando situações de catástrofes
Por
Matheus Machado
O vereador eleito pelo PSD e ex-secretário de Proteção e Defesa Civil de Tubarão, Diego Goulart, conversou de forma exclusiva com o portal SCTodoDia nesta semana e deu detalhes sobre suas ideias de projetos para a legislatura, especialmente voltados para a contingência de cheias na cidade.
“Durante toda a campanha eu levantei pautas da Defesa Civil. Tudo é importante, saúde, educação, infraestrutura. Mas eu quero me ater as pautas da Defesa Civil do município, a qual eu tenho conhecimento e estudo bastante sobre isso. Temos problemas com alagamentos mesmo com pouca chuva, a micro e macrodrenagem defasadas, tubos antigos. São itens que a gente precisa melhorar e pelo menos amenize a dor dos tubaronenses”, destacou.
Goulart afirmou que atualmente o cidadão tubaronense vive momentos de aflição mesmo com chuvas entre 30 e 40 mm, e que também é necessário dar mais atenção a mitigação de grandes catástrofes. “Não estamos livres de fenômenos maiores na nossa cidade, até pela questão da nossa bacia do Rio Tubarão”, enfatizou.
Lei da Ajuda Mútua
Diego destacou que um dos primeiros PLs que pretende implementar será a Lei da Ajuda Mútua. Com isso, Tubarão teria mais facilidade em fornecer ou receber ajuda de outras cidades que declarem situação de emergência ou calamidade pública. Cessão de máquinas, veículos, equipamentos e/ou pessoal estão entre os itens que a lei facilitaria, caso aprovada.
“Nos ampara e dá legitimidade de receber amparo de outras Defesas Civis em caso de eventos naturais adversos. Também podemos prestar solidariedade e trabalho com nosso pessoal em outras cidades com problemas. Hoje a prefeitura se sente insegura juridicamente para ajudar, assim como receber auxílio”, explicou.
Eficácia das bombas na cidade
O vereador ainda fala sobre a eficácia das bombas de macrodrenagem instaladas no município. Apesar dos testes, é difícil prever com exatidão se os equipamentos vão ou não funcionar em períodos longos.
“Elas funcionam, são eficazes. O problema é que não se consegue testá-las por 4 horas seguidas. O rotor da bomba precisa estar submerso e para isso, o nível do rio precisa estar acima dos 3 metros. Assim o motor trabalha lubrificado pela água e não queima. Então hoje é possível testar por 30 segundos, um minuto, no máximo dois minutos. Aí desliga porque se não ela vai queimar. Quando necessitamos realmente usar a bomba, que ela precisa ficar entre quatro, 12 ou até 24 horas ligada de forma interrupta, esse é o grande problema”, disse Goulart.
Atenção à Defesa Civil
Por fim, Diego Goulart destaca que existe um consenso entre vereadores da situação, oposição e do Poder Executivo, em dar maior atenção à Defesa Civil municipal. “Se eu posso trazer algo de lição da época que passei pela Defesa Civil, é que eu junto com minha equipe, consegui trazer mais notoriedade pela pasta. Até pelos fenômenos que aconteceram. Fomos mais a fundo e conseguimos despertar o interesse das autoridades e da população em lutar por essa pauta. Ela não envolve apenas a chuva, envolve as estradas, a casa do cidadão que alaga, mexe no bolso do povo. É triste ver alguém perdendo os móveis por causa de uma chuva de 50 mm. Então conseguimos trazer notoriedade para a Defesa Civil. Não para ser colocada à frente de outra, e sim não ficar para trás, como ficou por um bom tempo. Agora o povo, os vereadores, entes públicos, organizações e entidades acordaram para que a gente desse uma certa ‘pressão’ no Poder Executivo para resolvermos esses problemas, se não na totalidade, que a gente amenize os estragos das chuvas”, finalizou o vereador.