Política
Giovana Mondardo será oposição ao governo Vaguinho?
Postura de relacionamento com o executivo foi comentada por vereadora do PCdoB
Nos quatro primeiros anos em que esteve na Câmara de Vereadores de Criciúma, Giovana Mondardo (PCdoB) se manteve na extremidade oposta à do agora ex-prefeito Clésio Salvaro (PSD). Divergiu diversas vezes do executivo, mas também teve os seus momentos de votar em conformidade com a situação – segundo ela mesmo afirma. Com a mudança de governo, surge o questionamento: Mondardo será oposição a Vaguinho Espíndola (PSD)?
Em entrevista à Rádio Cidade em Dia na manhã desta sexta-feira (17), a vereadora, considerada a única de esquerda na atual legislatura de Criciúma, respondeu tal pergunta. Trata-se de um questionamento que ressoa dentro da própria Câmara, intensificado por ações entre Mondardo e Vaguinho desde o resultado das eleições – que definiu a continuidade do governo anterior.
“Sigo sendo uma vereadora independente que preserva a independência da Câmara, sobretudo daquilo que entendo que é prejudicial para a cidade. O que for bom, terá o meu apoio. Assim como o prefeito Clésio Salvaro, na última gestão, teve meu apoio quando eu entendia que estava tendo abordagens adequadas”, disse a vereadora. “Defendo um parlamento que seja independente, que tenha posição e que, sobretudo, pense em políticas públicas. Parto desse lugar”, completou.
A vereadora afirma ainda que não terá “medo de apontar os problemas dessa nova gestão”. Até o momento, no entanto, tem mantido uma boa relação com Vaguinho – mostrando, até mesmo, uma certa proximidade em algumas pautas.
Em outubro, Giovana e Vaguinho estiveram juntos em Brasília tratando de projetos e possíveis recursos para Criciúma. No dia da posse, a vereadora votou em acordo com a situação para a composição da Mesa Diretora. Recentemente, elogiou a postura do atual prefeito na abordagem às pessoas em situação de rua na cidade.
“Elogio, reforço e tenho o prazer de falar disso publicamente”, disse a vereadora sobre a ação de abordagem do atual governo. “Eu fui a única vereadora que apontou os problemas das abordagens sociais violentas e truculentas feitas com as pessoas em situação de rua”, continuou. “Acho que a abordagem social e a soltura do prefeito Vaguinho, já nesse primeiro período de 2025, demonstra uma virada de chave na concepção do que entendem sobre política de assistência social. Isso, pra mim, é uma risca no chão. Dali em diante, teremos mudanças substanciais”, completou.