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Chuvas em SC: até quando a falta de investimentos agravará tragédias?

Kelley Alves
Chuvas SC Defesa Civil

Kelley Alves

Chuvas em SC: até quando a falta de investimentos agravará tragédias?

Imagem: Airton Fernandes/SDC

Chuvas em SC: até quando a falta de investimentos agravará tragédias?

As chuvas devastadoras que atingem Florianópolis, Itajaí, Balneário Camboriú e outras cidades de Santa Catarina não podem ser tratadas como algo comum. O estado enfrenta alagamentos, deslizamentos, desabrigados e municípios inteiros em situação de emergência. A população é: onde estava a Defesa Civil?
Embora a Defesa Civil tenha emitido alertas, todos foram genéricos e não refletiram a gravidade da situação.

Em pleno 2025, com tanta tecnologia disponível, é difícil compreender como o volume crítico de chuvas não foi previsto com a precisão necessária. Quando o alerta é fraco, a resposta da população é insuficiente, e as consequências são devastadoras.

Ainda mais alarmante é perceber que a tragédia recente no Rio Grande do Sul não serviu de exemplo para reforçar os sistemas de prevenção e alerta. Eventos climáticos extremos estão se tornam cada vez mais frequentes, exigindo respostas rápidas. O mínimo que se espera é que o poder público esteja preparado para proteger vidas e patrimônios.

‘Falha’ em modelos mal investidos

O meteorologista Ronaldo Coutinho discorda. Segundo ele, não houve negligência por parte da Defesa Civil ou dos profissionais de meteorologia. O problema, segundo Coutinho, foi a falha nos modelos de previsão do tempo. “Nenhum modelo indicava a possibilidade de uma chuva tão intensa. Os dados meteorológicos simplesmente não captaram o fenômeno. Não foi erro de interpretação, foi uma falha grave dos próprios modelos”, afirmou.

Ele explica que os modelos utilizados mostravam apenas previsão de chuvas leves, e não havia justificativa técnica para emitir um alerta de risco elevado. Quando os dados começaram a mostrar divergências, os meteorologistas adaptaram suas previsões, mas o volume de chuva já havia surpreendido a todos.

Mas o grande problema por trás dessa falha está na falta de investimento em equipamentos e tecnologias meteorológicas mais eficazes. Sem sistemas modernos e mais precisos, a capacidade de prever eventos extremos com antecedência é gravemente comprometida. A ausência de investimentos contínuos em infraestrutura de monitoramento deixa o estado vulnerável a desastres naturais cada vez mais frequentes.

Tecnologias de previsão meteorológica

Temos aqui, em meio ao caos, um debate necessário: até que ponto podemos confiar nas tecnologias de previsão meteorológica? Mais do que isso: as autoridades estão preparadas para agir rápido diante de falhas nos sistemas de monitoramento? Não é o que parece…

Fica evidente que confiar cegamente em modelos, sem considerar a possibilidade de falhas e sem preparar planos de contingência, é um risco. A prevenção de desastres precisa ser mais do que protocolos automáticos. Exige ação, flexibilidade e uma comunicação clara e direta com a população.

Santa Catarina tem que aprender urgente com esse episódio. A previsão do tempo é fundamental, mas a preparação para o imprevisível é ainda mais. Quantas tragédias mais serão necessárias para que a prevenção e a gestão de riscos sejam, de fato, uma prioridade?

Veja AQUI a cobertura completa.

Climatologista explica falha em previsão de chuvas

 

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