Política
Delegado Ulisses Gabriel rebate críticas de João Rodrigues
Delegado-geral da Polícia Civil afirmou que tomará “providências jurídicas”
Delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel rebateu as críticas feitas pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), com relação à sua atuação. Em entrevista a Rádio Cidade em Dia na manhã desta terça-feira (28), o braço direito do governador Jorginho Mello (PL) no âmbito da segurança pública afirmou que tomará “providências jurídicas” com base nas acusações.
João Rodrigues, que é pré-candidato à governador de Santa Catarina, insinuou por diversas vezes que o delegado teria atuação política. Afirmou, por exemplo, que Ulisses seria pré-candidato a deputado estadual em 2026, que teria participado de comícios no ano passado e que estaria perseguindo adversários políticos com operações.
Ulisses rebateu as críticas afirmando que não mistura as atuações da Polícia Civil com o processo político, tendo autonomia para tal. Disse, inclusive, não ter declarado voto para ninguém e não ter sido cabo eleitoral de nenhum candidato durante o pleito de 2024. Pontuou, ainda, que o número de prisões e operações cresceram durante a sua gestão.
“Se cada investigado não gostar do trabalho da polícia, são 134 mil pessoas criticando nosso trabalho, que tem sido pautado de forma muito técnica. Aumentaram os números de operações de combate à corrupção, ano passado foram 39. Vamos continuar fazendo um trabalho de entrega à população, independentemente do que as pessoas digam ou critiquem”, declarou Ulisses.
Delegado afirma que não é pré-candidato a deputado estadual
O delegado-geral da Polícia Civil afirmou, ainda, que não é pré-candidato a deputado estadual nas próximas eleições – rebatendo a acusação de João Rodrigues. “Não tenho essa vontade. Já exerci uma atividade política em 2018 e não tenho nenhum interesse em ser candidato. Minha função é na segurança pública, e é isso o que eu gosto de fazer”, pontuou.
Ulisses também disse que não participou de nenhum comício e que em momento algum pediu votos durante as eleições. Sob a acusação de que as operações de combate à corrupção estariam sendo utilizadas para perseguição política, alegou que prefeitos do PL, partido do governador, também foram alvo.
“Fizemos 39 operações em Santa Catarina. Uma delas foi em Anita Garibaldi, cujo prefeito era do PL e foi no período eleitoral. Tivemos em Blumenau, na Samae, cujo prefeito também é do PL. Em Rio Negrinho também. A gente não mira prefeito A ou B”, afirmou.
O delegado pretende acionar o prefeito de Chapecó juridicamente após os depoimentos. “Vou aguardar as manifestações posteriores dele. Estou anexando todas essas informações para que possamos tomar providências jurídicas com relação a isso”, afirmou.