Cotidiano
Tijucas discute plano de drenagem após enchentes
O prefeito Maicon destacou a urgência do planejamento para a cidade, que cresce rapidamente e pode atingir 100 mil habitantes em breve
A Prefeitura de Tijucas, em Santa Catarina, realizou na última quarta-feira (6) uma reunião com empresários, loteadores e representantes da construção civil para debater a necessidade de um plano de macrodrenagem. O encontro, que reuniu mais de 50 participantes, foi motivado pelas enchentes históricas de janeiro, quando chuvas acima de 300 mm alagaram bairros por vários dias.
O prefeito Maicon destacou a urgência do planejamento para a cidade, que cresce rapidamente e pode atingir 100 mil habitantes em breve. As enchentes revelaram a vulnerabilidade de Tijucas, deixando bairros como Santa Luzia e Dom Geraldo submersos por até cinco dias. Durante a reunião, o prefeito relatou ter visitado famílias que enfrentaram água na altura do peito dentro de suas casas, classificando a situação como inaceitável.
A falta de planejamento urbano foi apontada como um dos principais problemas, especialmente em áreas próximas a rios e valas, que dificultam o escoamento da água. Para enfrentar esses desafios, a proposta central do encontro foi a criação de um plano de macrodrenagem, que incluirá estudos técnicos para mapear bacias hidrográficas, identificar pontos críticos e definir diretrizes para novos empreendimentos, buscando prevenir futuras enchentes.
O plano prevê a construção de reservatórios para retenção de água, ampliação de valas e dragagem de rios, como o Santa Luzia. Além disso, a parceria entre o setor público e privado foi destacada como essencial, com empresários e loteadores comprometendo-se a colaborar financeiramente e tecnicamente no desenvolvimento do estudo. Entre as consultorias sugeridas para a execução do projeto está o Instituto de Pesquisas Hidrológicas (IPH), de Porto Alegre, referência nacional na área.
Para viabilizar o plano, foi criado um grupo de trabalho formado por representantes da prefeitura, empresários e especialistas. A expectativa é que, em algumas semanas, sejam apresentados orçamentos e prazos para o estudo, que deve ser concluído até o final de 2025. A prefeitura também buscará parcerias com outros municípios da região para compartilhar experiências e recursos. O plano será incorporado ao plano diretor da cidade, garantindo um crescimento urbano mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas.