Brasil
Lula critica prefeitos que não usam SUS
Lula fez a mesma crítica aos governantes que colocam seus filhos em escolas particulares
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça-feira (10) prefeitos que não usam os mesmos serviços públicos de educação e saúde oferecidos à população. Após as declarações, usuários apontaram nas redes sociais que, apesar de criticar outros governantes, o próprio Lula é atendido no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
“Você chega em uma cidade e pergunta: ‘Prefeito, como é que está a educação?’ [Ele responde]: ‘Está maravilhosa, a educação aqui é fantástica’. ‘Prefeito, como é que está a saúde?’ ‘A saúde aqui é fantástica’. Aí você pergunta: ‘Seu filho estuda nessa escola fantástica?’ [E a resposta é]: ‘Não’. O filho dele está em uma [escola] que não presta, particular”, disse o presidente.
“Aí você pergunta: ‘Você se atende no pronto-socorro que você acha que é espetacular?’ [O prefeito diz]: ‘Não, meu filho, eu levo em outro lugar’. Então, esse país não vai dar certo nunca. esse país só vai dar certo o dia que a classe média voltar para a escola pública. E [a classe média] só vai voltar para a escola pública quando ela melhorar”, emendou o petista.
Lula fez a mesma crítica aos governantes que colocam seus filhos em escolas particulares durante o evento de credenciamento do Instituto de Matemática Pura e Aplicada como Instituição de Educação Superior, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2023.
“Muitos governantes não conhecem, porque os filhos deles não estudaram na escola que ele diz que é boa. Você chega a um prefeito e pergunta: ‘Como é a educação municipal na sua cidade?’ Ele diz: ‘Extraordinária, fantástica’. ‘Teu filho estuda nela?’, ele responde: ‘Não’”, disse à época.
“[Pergunto]: ‘Como é a saúde na sua cidade?’, ele responde: ‘Extraordinária, fantástica’. ‘Você vai ao médico aqui?’ e o governante responde ‘Não’”, emendou o presidente durante o discurso. O chefe do Executivo afirmou ainda que “as pessoas que não precisam do serviço público acham maravilhoso cortar gastos”.
Gazeta do Povo