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Servidores públicos de Florianópolis entram em greve

Cotidiano
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Imagem: Sintrasem

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Servidores públicos de Florianópolis entram em greve

Greve por tempo indeterminado é desencadeada após envio de projeto à Câmara Municipal; sindicatos alertam sobre impacto nas aposentadorias dos servidores

Servidores municipais de Florianópolis entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (12), após assembleia realizada na Praça Tancredo Neves, no Centro da capital. A decisão veio no mesmo dia em que o projeto de reforma da Previdência dos servidores foi enviado para análise da Câmara de Vereadores. A greve tem como principal objetivo se opor ao projeto, que, segundo o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), faz parte de um “plano de destruição das aposentadorias”.

O sindicato critica duramente as mudanças propostas, alegando que elas aumentam o tempo de serviço e de contribuição dos servidores, além de destruir a aposentadoria especial e impor novas taxas aos aposentados. A entidade também afirma que a greve é uma resposta ao prefeito de Florianópolis, que, ao iniciar seu segundo mandato, não demonstrou interesse em priorizar investimentos no serviço público. “A greve é uma reação firme contra a proposta, que prejudica diretamente os trabalhadores e suas aposentadorias”, declarou o Sintrasem.

Reforma pode aumentar o tempo de serviço dos servidores

De acordo com o presidente do Ipref (Instituto de Previdência de Florianópolis), Luís Fabiano Giannini, a reforma pode obrigar os servidores a trabalharem, em média, dois anos a mais para alcançar a aposentadoria. Além disso, a reforma também ampliaria o número de contribuintes aposentados, deixando isentos apenas os servidores que recebem até dois salários mínimos.

“Este é um problema técnico e financeiro grave que precisa ser corrigido. Se nada for feito, a situação se tornará insustentável, e o pagamento dos benefícios ficará comprometido”, explicou Giannini.

Prefeitura defende reforma como necessária

Por outro lado, a Prefeitura de Florianópolis defende que a reforma é essencial para garantir a aposentadoria dos servidores e para recuperar a capacidade de manutenção do fundo previdenciário. Segundo o prefeito Topázio Neto, o sistema previdenciário da capital enfrenta um rombo de R$ 8 bilhões, que se acumula desde 1999. O prefeito também compara a reforma proposta com a que foi implementada pelo governo federal.

“Nos últimos anos, ninguém quis enfrentar o problema, e a situação foi piorando. Se não tomarmos uma atitude agora, em poucos anos a Prefeitura não terá como pagar as aposentadorias”, alertou Topázio Neto, destacando que a reforma está em discussão na Câmara de Vereadores enquanto o sindicato mantém a greve, o que pode afetar os serviços prestados à população.

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