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Setor arrozeiro prevê supersafra para 2025

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Imagem do Arroz sendo colhido no Sul de SC, que deve ter uma supersafra em 2025
Foto: Divulgação / SindArroz

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Setor arrozeiro prevê supersafra para 2025

Setor arrozeiro de SC projeta supersafra em 2025, com avanços tecnológicos, superação de desafios climáticos e alta do dólar como destaque

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O setor de produção de arroz enfrentou um 2024 marcado por desafios, mas também apresentou sinais de resiliência e organização. O presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz), Valmir Rampinelli, fez um balanço do ano e destacou as perspectivas para 2025 em entrevista à Rádio Cidade em Dia.

Impacto das enchentes no Sul do Brasil

As cheias no Rio Grande do Sul em maio de 2024 tiveram grande impacto na produção nacional de arroz. Segundo Rampinelli, a tragédia não apenas destruiu lavouras, mas também danificou silos e prejudicou a qualidade do produto armazenado. “Houve desclassificação de muitos lotes, que se tornaram impróprios para o consumo humano, sendo destinados à alimentação animal. Além disso, áreas inteiras foram devastadas, deixando apenas rochas nos leitos dos rios”, explicou.

Apesar disso, Santa Catarina foi menos afetada graças ao período de colheita já estar avançado quando as chuvas ocorreram. “Tivemos problemas de qualidade devido ao excesso de chuvas, mas sem perdas tão significativas como no Rio Grande do Sul”, disse o presidente.

Polêmica sobre o leilão de importação

Outro ponto crítico foi o edital de importação de arroz promovido pelo governo federal. Rampinelli descreveu o leilão como “desnecessário e cheio de suspeitas”, destacando que sua anulação foi resultado da mobilização do setor. “O edital previa a aquisição de arroz importado embalado, o que impactaria negativamente as indústrias e agricultores brasileiros. Felizmente, nenhuma empresa do setor participou, e o leilão acabou sendo anulado, beneficiando toda a cadeia produtiva e o consumidor final.”

Dólar instável e custos de produção

A volatilidade do dólar, que ultrapassou os R$ 6 em 2024, também preocupou os produtores. “Os insumos dolarizados elevam os custos, tornando o arroz mais caro para a indústria e para o consumidor. É um desafio manter a lucratividade e, ao mesmo tempo, garantir um preço acessível nas prateleiras”, pontuou Rampinelli.

Expectativas para 2025: supersafra e avanços tecnológicos

O cenário para 2025 é de otimismo, com previsão de uma supersafra devido às condições climáticas favoráveis proporcionadas pelo fenômeno La Niña. “O arroz precisa de água no pé e sol na cabeça. Teremos boa produtividade e qualidade se as condições forem mantidas”, afirmou.

Rampinelli também destacou a adoção crescente de tecnologias como drones, tratores guiados por GPS e sementes de alta qualidade, desenvolvidas por instituições como a Epagri. “Esses avanços permitem aumentar a produtividade e gerar mais riqueza para todos.”

Encerrando a entrevista, Rampinelli reforçou a importância da união do setor e do constante desenvolvimento de novas tecnologias para garantir a sustentabilidade e competitividade do arroz brasileiro. “Produzimos o melhor arroz do mundo, e Santa Catarina é um exemplo disso. Temos que continuar crescendo e inovando.”

 

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