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Você usa ou é usado pela rede social?

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Foto: Freepik

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Você usa ou é usado pela rede social?

Especialista Pedro Cortella alerta sobre os danos que o celular pode causar

Com o celular sempre no alcance das mãos, a relação entre o ser humano e as redes sociais se tornou mais intensa do que nunca. Mas será que estamos realmente no controle? O jornalista Pedro Cortella levanta um questionamento direto: “Você usa ou é usado pela rede social?”

Para Pedro, a resposta para essa pergunta está no comportamento de cada pessoa. “Usar significa tirar algum proveito dali, clientes, conexão, negócios. Ser usado é só ficar assistindo, ficar absorvendo passivamente, comentando, curtindo. Isso é ser usado, não é usar”.

No Brasil, onde as redes sociais fazem parte da rotina de milhões de pessoas, o risco de “ser usado” é ainda maior, causando danos para a saúde mental. “O uso excessivo de tela gera mais estresse, gera depressão. Nas redes sociais a gente fica se comparando o tempo todo com as outras pessoas. Não é uma dúvida, faz mal, já tá provado cientificamente”, alerta Cortella.

De acordo com o estrategista digital, os vídeos curtos, presentes em aplicativos como TikTok e Instagram, são os que mais podem causar problemas para a mente humana. “O Tiktok surgiu da ByteDance, que é uma empresa chinesa que fez vários testes para entender qual o aplicativo mais viciante para os seres humanos. E é esse, o de compartilhamento de vídeos curtos”.

As redes sociais influenciam nosso comportamento? Para Pedro, sim. E isso pode ser visto nos discursos de ódio compartilhados online.

“Na internet, as pessoas entram para brigar. Quem é capaz de te xingar na internet, muito dificilmente vai chegar no mundo real, e fazer o mesmo comentário. É o famoso cancelamento, que vem do efeito manada. Não é algo que você está pensando, mas que acontece naturalmente. Por exemplo, quando você está no estádio e todo mundo levanta na hora de fazer a “Ola”. Você não quer ser o único que não vai levantar, você é levado a levantar. Essa sensação acontece o tempo todo na internet”, ressalta.

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Foto: Florian K / Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)

Ele adverte sobre o uso de celulares e redes sociais para distrair as crianças.

“Isso sempre aconteceu, mas os pais não tinham esse recurso tão danoso para entregar para os filhos. Se eu não entregasse um celular, eu ia entregar um minigame, um lego, um gibi. O problema é a capacidade de ferrar o cérebro das crianças que essa distração causa. Isso não existia há 10 anos atrás, não tem como os pais de hoje serem culpados. Porque eles não tinham os estudos, a gente não sabia que fazia mal. Se fumar cigarro fizesse os filhos pararem de encher o saco, os pais dariam cigarro para os filhos, eles não dão porque sabem que faz mal”, afirma.

Enquanto o consumo das redes sociais aumenta gradualmente, uma pesquisa feita pelo Retratos da Leitura no Brasil, aponta que o Brasil perdeu 7 milhões de leitores em 4 anos. Cortella apresenta estratégias para não fazer parte desse dado.

“O que estou fazendo para retomar meu hábito de leitura, é apagar minhas redes sociais do celular, limitá-las a um uso de trabalho. A gente precisa que as pessoas voltem a ler Harry Potter, para as meninas o Crepúsculo, de novas histórias que sejam capazes de despertar a leitura em quem é mais jovem, e assim, esse hábito segue para a vida. Ebooks, Audio livros, Kindle. Use a tecnologia ao seu favor para continuar lendo”, enfatiza o jornalista.

Em resumo, as redes sociais têm efeitos negativos e positivos. A chave está em saber utilizá-las estrategicamente. Com os conselhos das falas de Pedro Cortella, é possível transformar a relação com as plataformas, e garantir que se será um usuário ativo, e não usado.

Confira a entrevista na íntegra:
https://youtu.be/0pTpRoH_VQw?si=12XiYUCJtyqMvmtF

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