Archimedes Naspolini
A independência de Criciúma começou quando tudo ‘ainda era mato’
Italianos vieram para a região sob a promessa de riquezas, mas encontraram muito o que fazer
Faltam 364 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Desde ontem, e até dia 4 de novembro do ano que vem, estarei ocupando este espaço radiofônico, ajudando aos criciumenses a lembrar que estamos às vésperas de comemorar 100 anos de emancipação político-administrativa.
Dia 4 de novembro do ano que vem, Criciúma apagará a centésima vela daquele 4 de novembro de 1925, quando deixou de pertencer a Araranguá e passou a cuidar do seu nariz.
A gente vê isso, com frequência, no seio familiar: a criança nasce, cresce, começa a lutar para sua auto sustentabilidade, casa, e vai cuidar da sua família.
Com Criciúma e com uma porção de municípios mundo afora, aconteceu processo assemelhado: a localidade é fundada, começa a fincar raízes, cresce, se organiza e vai buscar a sua independência.
Nosso chão foi pisado pela primeira vez, em 1880, por um punhado de imigrantes italianos que, atraídos por farta publicidade, atravessaram o Atlântico em busca do eldorado, isto é, em busca da riqueza.
Eram 145 italianos de 22 troncos familiares. A maioria pobre. Uma boa fração, analfabetos. Mas carregados de vontade de desbravar outro chão em busca de riqueza.
E se deram mal. O que lhes fora prometido estava bem longe de ser alguma coisa parecida com o imaginado. Era mato, mato, e mato… Tudo pra fazer.
E foi ali, no “tudo pra fazer” que começou a nossa independência, como veremos em capítulos vindouros, o primeiro deles amanhã.
Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!