Archimedes Naspolini
O que fizeram os italianos ao chegar em Criciúma?
Os primeiros passos daqueles que vieram da Itália para o sul catarinense
Faltam 362 dias para o Centenário de emancipação de Criciúma.
Eu dizia, ontem, que os italianos que vieram em busca da riqueza na Mérica – era assim que eles se referiam ao Brasil agora pisado por eles – constaram que haviam sido logrados.
E apenas duas alternativas lhes eram colocadas para a sobrevivência: 1. Voltar para a Itália. 2. Arregaçar as mangas e mandar ver…
Regressar para a distante Itália seria votado a favor por unanimidade. Mas, e dinheiro para isso? O jeito foi empunhar as ferramentas que a sociedade colonizadora lhes colocara à disposição e vamos que vamos!
Durante o dia, com sol, sem sol, com chuva, sem chuva, com vento, sem vento, com a presença de alguns animais da mata atlântica, rodeados de pássaros de todos os pios e plumagem, roça. Primeiro desmatar, depois plantar, e fazer os casebres, especialmente com troncos e folhagem de palmito, abundante em toda a região.
Antes de deitar, a reza do terço, em frente a uma gravura do imaculado coração de Maria, trazida pela família dos Netto. Os casebres, uns aqui, outros ali, precisavam ser alinhados. Respeitar a distância lateral e frontal entre um e outro.
E eles concluíram que, somente organizados, poderiam fincar os alicerces de uma vila, um pouco melhor do que as da sua região, o Vêneto italiano.
Era a consciência embrionária de uma futura cidade, ainda que pequena, mas organizada.
E isto veremos a partir de amanhã. Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!