Archimedes Naspolini
O réveillon de 1925 para os cresciumenses
As celebrações para o ano da emancipação
Faltam 312 dias para as comemorações do centenário de emancipação político-administrativa de Criciúma.
Será que os criciumenses que buscaram projetos e vida em outras praças vão se lembrar de vir festejar o nosso centenário? Tenho certeza e que sereia bom para eles e para nós também. Eles constatarão o quanto esta cidade cresceu, progrediu, se modernizou… Nós, porque os teremos bem pertinho para revelar a todos e a cada um como foi o processo político-administrativo que levou Criciúma para este patamar vitorioso.
Amanhã será o ano que vem. Hoje fechamos 2024. A 25-30 anos a gente vivia a grande expectativa do ano 2000, sempre muito charmoso mas muito distante. E ele chegou e começou a colecionar períodos: estamos fechando o 24 º ano pós 2000. A velocidade com que correm os dias é, simplesmente, assustadora. Amanhã será 2025, o ano do 1º Centenário de nossa maioridade civil, como Município.
E eu fico imaginando como teria sido o reveillon de 1924 daquela gente que vivia uma cidade pacata, sem telefone, sem rádio, sem jornal, sem estradas, praticamente sem nada – quando o parâmetro for comunicação. Imagino que, pelo menos, ouvia-se o espocar de alguns foguetes daqueles, tipo relhinho, tão comuns entre nós ainda nos dias atuais. E o mesmo pensamento me leva às comemorações do Natal daquela gente. Papai Noel não existia, aliás esse personagem só entraria na nossa via a partir dos anos 1950. Até então, era o Menino Jesus e ponto! Sobre o Natal tenho certeza de que não erro: havia uma semanada de novenas preparando o povo para a data, uma missa comemorativa – acho que era a missa do Galo – que era celebrada à meia noite – e deu! Troca de presentes, panetones, cestas, comida exótica, isso não havia. Nem o peru morria na véspera.
Hoje os tempos são outros. Temos um natal cheio de brilharecos e penduricalhos, desde a árvore até o trenó e as renas devidamente caracterizadas, um papai noel exuberante e, ainda que raramente, a lembrança de saudar o aniversariante, Menino Jesus, Jesu Bambino, como diz o italiano. E uma passagem de ano que se esmera nas festivas comemorações, com famílias disputando entre si, o patamar mais alto do sofisticado. Baterias de fogos de artifício eixando cães enlouquecidos, muita bebida, e vamos que vamos… Mas, como é assim mesmo e assim continuará sendo, volto à minha realidade e ao tema que me traz ao rádio: a história da nossa emancipação cujo centenário será comemorado em novembro de 2025. E eu retornarei no ano que vem! Feliz ano novo, queridos ouvintes! Até lá amigos e um abraço do meu tamanho!