Denis Luciano
A primeira foto de Salvaro depois de 23 dias preso
Sem voltar à prefeitura e usando tornozeleira eletrônica, Salvaro retorna para mergulhar na campanha
Coube aos advogados Alexandre João e Giovani Dagostin buscar o prefeito Clésio Salvaro (PSD) na Penitenciária em Itajaí depois que a libertação dele foi confirmada na tarde desta quinta-feira.
A primeira foto dos três juntos, antes do retorno para Criciúma, mostra Salvaro magro, com camisa da Seleção Brasileira e um boneco com a letra V.
Uma recepção foi preparada na Rua da Gente. E a volta de Salvaro, sem a plenitude dos seus direitos, vem carregada de desafios.
Ele não reassumirá o mandato, nem poderá frequentar a prefeitura, e usará tornozeleira eletrônica. Não poderá fazer contato com outros investigados na Operação Caronte nem usar redes sociais e dar entrevistas.
Mas poderá fazer campanha. E no seu retorno há o sentimento de que nem um minuto será perdido. A recepção é um evento da campanha de Vaguinho Espíndola na qual, certamente, Salvaro mergulhará.
E mais. A decisão da desembargadora Cinthia Schaeffer carrega diversas conclusões importantes para o futuro de Salvaro. A principal delas que, embora siga investigado, ele não está arrolado em práticas de corrupção. Isso aditiva a narrativa da perseguição política.
Uma semana depois de Bolsonaro com Ricardo Guidi, o cabo eleitoral da hora em Criciúma é Clésio Salvaro. O impacto disso desenhará o último ato da eleição mais tensa da história de Criciúma.