Denis Luciano
Comitiva em Brasília: a réplica do vereador Obadias
Prefeito Vaguinho pediu ao vereador que acalme seu coração. Obadias disse que onde estiver a esquerda, ele nunca estará
Mencionamos nesta terça-feira (29) por aqui um post que o vereador Obadias Benones (PL) fez nas redes sociais com seu ponto de vista sobre a comitiva de Criciúma que encontra-se em Brasília.
“Nada como ver o representante da ‘direita’ agora lado a lado com alguém da esquerda declarada. Conveniência acima de tudo, ideologia acima de nada”, postou.
Embora sem mencionar nomes, está evidente a crítica ao prefeito eleito Vaguinho Espíndola (PSD), que seria o dito cujo “representante da direita” (já que expôs isso em campanha eleitoral” e a vereadora reeleita Giovana Mondardo (PCdoB), que de fato é a única de esquerda declarada na Câmara de Criciúma.
Perguntei a respeito ao prefeito Vaguinho nesta manhã, no Em Dia com a Cidade. Ele elogiou o vereador Obadias, pediu que ele “acalmasse o coração” e que “não vai vender a sua alma”, que mantém suas convicções políticas mas que a hora exige “coerência entre o que dizemos e fazemos”. Citou que, hoje, estará com os deputados Júlia Zanatta e Daniel Freitas (ambos PL, partido de Obadias), que a “eleição passou” e que “vamos baixar as bandeiras políticas”.
Ainda ontem à noite, depois da repercussão da postagem, o vereador Obadias encaminhou a seguinte mensagem a este colunista:
“Minha posição é clara: onde a esquerda está, estou fora. Esse discurso de ‘cidade em primeiro lugar’ soa mais como conveniência do que compromisso real. Vamos ver os próximos capítulos de quem antes criticava e agora dá as mãos. Não vejo destaque em suas falas sobre as críticas da vereadora ao governo municipal (Clésio); era para você usar o mesmo discurso de enrolar bandeira, mas não”.
Diante da provocação acima do vereador a este colunista, o meu direito de réplica: difícil apontar algum jornalista que tenha feito mais críticas ao governo Salvaro que este. Em nossos canais foram levantadas discussões como a central funerária por exemplo, quando nem a Câmara tratava disso (nem o vereador Obadias, nem os demais), e olha no que deu… E isso independente de gabinetes e mandatos, sempre.
Por fim, sigo com a pergunta: eleição acima de tudo? Bom dia.