De um tempo para cá, os termos “direita” e “esquerda” se tornaram uma espécie de caixinha, na qual você deve se colocar em uma ou outra, e, a partir daí, concordar com tudo o que é dito em cada lado.
Mas você já se perguntou o que realmente significam essas palavras e como elas nos influenciam na forma como pensamos e agimos?
Na verdade, esses conceitos variam de acordo com o tempo e com o lugar que estamos analisando. Por exemplo, Joe Biden, nos Estados Unidos, é considerado um político de esquerda, mas, se estivesse no Brasil, provavelmente seria vinculado ao centro. Outro exemplo atual no Brasil: o PSDB é referenciado como um partido de centro, mas antes do surgimento de Bolsonaro — que abriu o campo da direita — era o partido que representava a direita brasileira.
A esquerda sempre foi associada às ideias de igualdade e coletivismo, nas quais o Estado, por meio do recolhimento de impostos e de políticas públicas progressistas, busca reduzir a desigualdade e alcançar a chamada “justiça social”.
No outro espectro, a direita preza pela liberdade individual, pela economia de mercado, pela preservação das tradições e defende a não intervenção do governo na economia. Isso acaba reduzindo impostos e burocracias, deixando as empresas mais leves para inovar e crescer e, consequentemente (por uma questão de oferta e demanda), aumentar a quantidade de empregos e os salários de quem se esforçou mais, estudou mais ou trabalhou mais.
Ainda existem os políticos centristas, que costumam incorporar ideias tanto da direita quanto da esquerda, tentando encontrar soluções dependendo do contexto.
Mas, entre todos os pontos a serem analisados para sabermos se somos de esquerda ou de direita, o principal valor é a liberdade. Historicamente, os países mais livres — como Noruega, Austrália e Irlanda — são os mais prósperos, ricos e democráticos. Do outro lado, os países menos livres apresentam crescimento acelerado da pobreza e tendem a se solidificar em ditaduras repressivas, como Cuba, Coreia do Norte e Venezuela.
Diante das opções existentes, eu já sei em que tipo de país quero viver. E você, já escolheu o seu lado?