Nesse último mês, vimos o presidente argentino Javier Milei obter uma esmagadora vitória nas eleições legislativas. Apesar de a grande imprensa e todas as pesquisas eleitorais indicarem uma derrota do presidente, os resultados mostraram que a população avaliza e confia nas ideias do atual governo. A redução brusca da inflação e a diminuição da pobreza foram os principais pontos positivos desse início de governo.
Mas, para entendermos um pouco desse processo, devemos voltar cerca de 130 anos no tempo, quando a Argentina era um dos países mais ricos do mundo e gozava de prestígio internacional. Na Inglaterra, existia até um ditado para se referir a alguém muito rico. Dizia-se: “Ele é rico como um argentino”, e era comum os aristocratas britânicos planejarem casar as suas filhas com os grandes milionários platinos.
Mas então houve uma virada de chave política, cultural e econômica no país, principalmente quando Juan Domingo Perón, uma espécie de Getúlio Vargas argentino, comandou a nação, abandonando as políticas liberais e adotando o desenvolvimentismo estatal como o norte a ser seguido.
Como sempre, essas políticas, a longo prazo, arruinaram a economia dos nossos vizinhos, empobrecendo a população e deixando uma inflação de mais de 70% ao ano.
Precisando de um choque liberal, Milei vem sendo firme nos princípios que o elegeram e nas promessas que fez durante a campanha. Cortou gastos, reduziu a máquina pública, diminuiu impostos, parou de imprimir dinheiro, retirou a burocracia que empacava o setor produtivo e, assim, viu os índices econômicos melhorarem, bem como as condições de vida dos argentinos.
Esse tipo de processo exige tempo, afinal, foram décadas de políticas socialistas e intervencionistas que derreteram o país, tanto economicamente quanto culturalmente. Assim como no Brasil, existe grande pressão da imprensa, dos artistas e das universidades contra as medidas de Milei.
Mas, convenhamos, não seria nada mal esse choque liberal aqui no Brasil, para fazermos as pessoas dependerem menos do governo e mais das próprias pernas. Em 2026, temos que estar atentos a quem realmente vai enfrentar os problemas do país, mas, se o próximo presidente tiver metade da linha de ação de Milei, daremos um grande salto econômico e social.