Ainda não cortaram o mato da Via Rápida que liga Criciúma à BR-101
A dica para quem usa a Via Rápida é se preparar: memorize os acessos, confie no GPS e torça para que o mato não avance mais
Quem aproveitou o fim de semana ensolarado para curtir as praias e precisou usar a Via Rápida enfrentou um cenário digno de filme de sobrevivência: matagal nas margens, placas de trânsito escondidas e trechos em que a vegetação parece determinada a invadir a pista. O problema, que já dura mais de um mês, continua sem solução, enquanto as promessas de roçada permanecem tão distantes.
Promessas no papel, mas ação que é bom, nada
O ex-coordenador regional de Infraestrutura, Alisson da Silva, até chegou a dizer que a solução já está estaria “engatilhada”. Quando ainda estava no cargo, ele explicou que uma licitação foi realizada no dia 1º de novembro, e uma empresa de Içara venceu a disputa para assumir a manutenção da rodovia.
Mas o contrato ainda não foi assinado. Sem isso, nenhuma ação pode ser iniciada. Enquanto isso, a vegetação cresce e a paciência dos motoristas diminui… “A assinatura depende de trâmites burocráticos, mas estamos no estágio final”, afirmou Alisson.
A falta de um responsável oficial agora agrava a situação: Alisson deixou o cargo, e o novo coordenador, Miro Ghisi, só assume no dia 1º de dezembro. Até lá, a Via Rápida segue sem um “dono” que responda.
Se fosse com Clésio Salvaro…
É, se fosse com o prefeito Clésio Salvaro a história seria diferente. Ele já mostrou que não espera quando se trata de resolver problemas práticos. Quem não se lembra dele pegando o rolo de pintura para revitalizar faixas de pedestres na cidade?
Ou, mais recentemente, comandando uma equipe para limpar ruas obstruídas por entulho. Ele mesmo já teria cortado o mato da Via Rápida. E provavelmente com direito a um post no Instagram documentando o feito.
Enquanto isso, o matagal continua se espalhando, cobrindo placas que indicam saídas e acessos próximos, dificultando a vida dos motoristas que não conhecem bem o trajeto. Como se isso não fosse suficiente, o lixo também virou uma constante: sacos plásticos, madeira, e até um colchão já foram vistos abandonados nas margens, com parte dos resíduos entupindo as canaletas de drenagem da rodovia.
E agora, quem responde?
O momento é de transição, e, na prática, a Via Rápida está sem ninguém que responda por sua manutenção. Miro Ghisi já anunciou que tratará o problema como prioridade assim que assumir, mas até lá a estrada segue entregue à sua própria sorte – ou melhor, ao crescimento desenfreado da vegetação.
A pergunta que fica
Como uma rodovia tão importante, que conecta Criciúma à BR-101, pode estar nessa situação? A demora no contrato foi causada pela burocracia, mas isso não ameniza o impacto para os usuários da via. A licitação foi concluída, a empresa vencedora está definida e o valor de R$ 70 milhões para a manutenção da Região Carbonífera está pronto para ser usado. Falta apenas uma assinatura…
Enquanto isso, a dica para quem usa a Via Rápida é se preparar: memorize os acessos, confie no GPS e torça para que o mato não avance mais. Afinal, por enquanto, a Via Rápida segue sendo tudo, menos rápida ou eficiente.