Bornhausen acusa individualismo e defende PL-PSD juntos
O secretário de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de Santa Catarina Paulo Bornhausen defende PSD e PL juntos em SC
O secretário de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de Santa Catarina Paulo Bornhausen (PSD) subiu o tom ao criticar o individualismo nas disputas internas da direita no estado. Durante uma entrevista à Rádio Cidade em Dia, ele foi direto ao afirmar que a fragmentação de candidaturas dentro do próprio campo político pode ser fatal para o futuro de Santa Catarina e do Brasil.
Segundo ele, o PSD e o PL precisam estar juntos em Santa Catarina para unir forças e “cravar” um presidente de direita.
Bornhausen destacou que, neste momento, a principal disputa não é entre aliados, mas contra o PT e seus aliados no governo federal. Ele disparou contra os movimentos recentes do PSD de Santa Catarina, que lançou João Rodrigues, prefeito de Chapecó, como candidato ao governo estadual.
“Candidaturas com essa visão dão nó ao processo”, declarou. Para ele, esse tipo de movimento só ajuda a dividir forças que deveriam estar unidas para enfrentar um inimigo comum. “O individualismo atrapalha a construção de uma coligação sólida”, completou.
Segundo ele, Santa Catarina precisa manter a trajetória política, que sempre foi distinta da do resto do Brasil. “SC não é uma ilha”, disse, reforçando que o estado não pode se permitir uma fragmentação de forças dentro da direita. Ele defendeu a união do PSD e PL como uma estratégia necessária para garantir a reeleição de Jorginho Mello, citando o sucesso dessa parceria em Florianópolis. “Precisamos das boas experiências”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o apoio de seu pai, Jorge Bornhausen, que esteve, inclusive, no lançamento da candidatura de João Rodrigues, Bornhausen reiterou o respeito pela trajetória do pai, mas não escondeu sua preferência por uma união mais pragmática e focada no futuro. “Meu pai é um homem partidário com muita história, mas precisamos de um grupo coeso”, declarou afirmando que o grupo ainda tentará “trazer” o pai para o propósito que defendem.
Bornhausen também falou sobre a política nacional e a importância de fortalecer a direita. “O PT chegou ao segundo turno por causa da divisão”, alertou. Para ele, a direita deve se unir em torno de um nome forte, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, para enfrentar a crescente força do petismo nas eleições de 2026.
O secretário reforçou que ele e o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), despejam apoio à reeleição de Jorginho Mello (PL) e que essa união é fundamental para o futuro político de Santa Catarina.