Clésio revela bastidores da ex-guarda municipal: ‘multas, espancamentos e abusos’
A presença da Guarda Municipal em Criciúma virou um campo minado político. Em meio aos pré-debates, pré-candidatos defendem o retorno da guarda como solução para a violência. Ao falarem sobre o assunto e justificarem a extinção da Guarda Municipal de Criciúma, o prefeito Clésio Salvaro e o pré-candidato Vaguinho Espíndola (PSD) trouxeram à tona denúncias graves.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Clésio “confronta” Vaguinho no centro de Criciúma, perguntando sua opinião sobre a guarda municipal. “Tenho acompanhado entrevistas e pré-debates de você que é pré-candidato a prefeito que tu és contra o retorno da guarda municipal. Por quê?”, provocou Salvaro.
Vaguinho, firme, respondeu: “Sou contra porque o número de roubos e furtos diminuíram depois da extinção da guarda. Reduziram pela metade. E as cidades que têm guarda municipal, segundo o Atlas da Violência, são as mais violentas.”
A fala polêmica veio na sequência, com o próprio Clésio revelando os bastidores de sua gestão: “Quem criou a guarda fui eu, no meu primeiro mandato em 2011. Em 2017, meu primeiro ato foi a extinção da guarda pelo tanto de multas. Em menos de seis anos, foram 49.289 multas. Sem falar do abuso de autoridades, espancamento. Quatro servidores foram demitidos por abuso de autoridade.”
A denúncia serviu para mostrar que a guarda, em vez de proteger, estava promovendo violência e abuso de poder. Mais do que isto. Ciente do comportamento do brasileiro quando se trata de questões financeiras, Salvaro usou como estratégia enfatizar o número absurdo de multas aplicadas pela guarda. Afinal, mexer no bolso sempre causa revolta.
E, como se não bastasse, Clésio ainda deixou uma mensagem para Vaguinho: “Se tu não queres a guarda, continua sendo meu pré-candidato.” Em outras palavras, alinha-se com a minha política ou sai fora.