Hospital de Criciúma cancela com Unimed e usuários são surpreendidos
Com a saída do Hospital São José, conveniados da Unimed enfrentam um sistema sobrecarregado, sem garantias de qualidade no atendimento
A decisão do Hospital São José de Criciúma de encerrar o atendimento aos conveniados da Unimed a partir de 28 de outubro, causou preocupação e surpresa entre os usuários do plano de saúde.
Além das reclamações recorrentes sobre demoras no atendimento, negativas de procedimentos, e problemas com suporte administrativo, a superlotação do pronto-socorro da Unimed também sido um dos principais pontos de insatisfação, conforme relatado frequentemente em plataformas como o Reclame Aqui e redes sociais.
Em 2022, a Unimed chegou a admitir que o tempo de espera no pronto-socorro estava acima do normal, resultado de uma demanda crescente que afetava o atendimento. A instituição inclusive reforçou que medidas, como o aumento de atendimentos via telemedicina, foram adotadas para tentar mitigar a superlotação… O desafio persiste.
Segundo os usuários, as principais queixas no pronto-socorro são as esperas prolongadas e a qualidade insuficiente no atendimento médico, além de dificuldades com a autorização de procedimentos importantes. Em paralelo, a Unimed tem redirecionado os esforços para planos empresariais, gerando dúvidas sobre a capacidade de continuar oferecendo serviços de qualidade para clientes individuais.
Nos bastidores, informações indicam que o baixo repasse financeiro feito pela Unimed para o Hospital São José foi um fator decisivo para o rompimento do contrato. O hospital, que tem investido no crescimento do seu próprio plano de saúde, optou por encerrar a parceria, deixando os usuários da Unimed em uma posição delicada. Embora ainda haja a possibilidade de negociações, a incerteza preocupa pacientes dependentes dos serviços de ambos os lados.
O cenário se agrava com a saída do Hospital São José da rede de prestadores da Unimed e intensifica as incertezas sobre a capacidade da operadora de manter a qualidade e a continuidade dos serviços. A falta de um parceiro importante como o São José coloca ainda mais pressão sobre a Unimed, que já enfrenta críticas relacionadas à superlotação e demora no atendimento.
Sem alternativas claras, os conveniados agora se veem diante de um sistema sobrecarregado e sem garantias de que novos acordos supram a demanda crescente, comprometendo tanto a eficiência quanto a segurança dos atendimentos.