O que a pesquisa eleitoral recente reflete sobre o cenário em Criciúma
Vaguinho amplia vantagem sobre Guidi em Criciúma
A mais recente pesquisa eleitoral do Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC), mostra que Vaguinho Espíndola (PSD) ampliou a liderança na corrida pela prefeitura de Criciúma, atingindo 43,7% das intenções de voto, enquanto Ricardo Guidi (PL) caiu para 33,2%. A diferença, divulgada pela Rádio Som Maior, entre os candidatos, que era de 3,8 pontos percentuais em meados de setembro, saltou para 10,5 pontos a poucos dias da eleição.
A queda de Guidi e o apoio de Bolsonaro
Ricardo Guidi, que baseou grande parte de sua campanha na associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, viu sua popularidade diminuir nas últimas semanas. Na pesquisa anterior, realizada em 15 de setembro, Guidi ainda possuía 38% das intenções de voto, mas sua queda significativa sugere que a influência de Bolsonaro sobre o eleitorado de Criciúma não foi suficiente para reverter a maré a favor de Vaguinho.
Apesar da presença de Bolsonaro em eventos de campanha e da tentativa de utilizar essa aliança como um trunfo eleitoral, os números mostram que o eleitorado criciumense tem dado preferência a pautas locais e propostas práticas. O foco excessivo em figuras nacionais, como Bolsonaro, parece ter se mostrado menos eficiente do que o esperado.
Um fator chave para o crescimento de Vaguinho foi a recente soltura do prefeito Clésio Salvaro. Ao ser libertado, Salvaro foi recebido como herói por seus apoiadores, e sua imagem de “vítima” de uma perseguição política foi habilmente aproveitada por Vaguinho.
Curiosamente, a vitimização de Salvaro, que inicialmente poderia ser vista como um possível trunfo para Guidi, acabou beneficiando Vaguinho. A proximidade entre Salvaro e Vaguinho e a narrativa de injustiça ressoaram positivamente entre o eleitorado, gerando um impacto direto no aumento de intenções de voto para o candidato do PSD.
Já no último debate, os candidatos evitaram mencionar figuras como Bolsonaro e Salvaro, sinalizando uma mudança de estratégia, com foco em propostas locais.
O cenário de indecisos
Ainda há uma margem significativa de indecisos, que representam 7,3% dos entrevistados, além dos 3,2% que afirmam não votar em nenhum dos candidatos.