O que já se sabe sobre a privatização da Casan
Jorginho Mello sinaliza venda da companhia, mas prazos e detalhes ainda são incertos. Funcionários e sindicato organizam protesto

Por
Kelley Alves
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) pode ser privatizada. O governador Jorginho Mello (PL), que durante a campanha eleitoral de 2022 havia prometido não privatizar a Casan e a Celesc, agora considera a venda da empresa de saneamento como uma solução para melhorar os índices de saneamento básico no estado.
Em um evento realizado neste mês com alguns empresários, Mello afirmou que “antes de vender um cavalo, a gente tem que dar uma penteada nele”, sugerindo que a Casan está sendo preparada para uma possível venda. Ele disse que a atual direção da empresa implementou ajustes internos e que o governo deixou de investir recursos na companhia, preparando-a para a privatização.
Estudos sobre a privatização estão em andamento, abrangendo tanto os serviços de saneamento quanto de abastecimento de água. Mas detalhes específicos sobre os prazos para a conclusão desses estudos e a implementação das mudanças ainda não foram divulgados. Além disso, não há informações públicas sobre as possíveis empresas interessadas na aquisição da Casan.
Sintaema prepara manifestação
A possível privatização tem gerado preocupações entre os funcionários da Casan. O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado de Santa Catarina (Sintaema) convocou uma manifestação para o dia 27 de março, às 9h, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), contra qualquer tentativa de venda da companhia.
O sindicato tem manifestado insatisfação com a direção da Casan, mencionando demissões e mudanças que impactam os empregados.
Embora o número exato de funcionários que seriam impactados pela privatização não tenha sido divulgado, estima-se que a Casan empregue milhares de pessoas em todo o estado. A falta de informações claras sobre os planos futuros tem gerado apreensão entre os colaboradores e as famílias.